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Frelimo alerta para formação de "células" de insurgentes

A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, alertou hoje para a possibilidade de formação de "células" no país pelos grupos de insurgentes que têm protagonizado ataques em Cabo Delgado, apelando a maior vigilância.

Frelimo alerta para formação de "células" de insurgentes
Notícias ao Minuto

18:13 - 23/04/21 por Luísa Nhantumbo

Mundo Moçambique

"Temos de saber de onde vêm e quem são as pessoas que vão para as nossas casas. É possível, inclusive, falar com as estruturas do local de onde vieram porque esses terroristas podem estar a criar as células em diferentes pontos do nosso país", disse Filipe Paúnde, membro da comissão política da Frelimo.

O responsável, que foi também secretário-geral do partido, falava hoje em Manica, no centro de Moçambique, à margem do acompanhamento do processo de reabilitação das bases do partido.

Paúnde apelou a maior vigilância da população em Manica face ao recrudescimento de ataques de grupos armados em Cabo Delgado, no norte do país, pedindo também apoio às vítimas.

"Quando começaram em Cabo Delgado, não começaram com combate, chegaram como pessoas que iam rezar. Depois de estar dentro do nosso círculo de convivência, começam a recrutar e a treinar pessoas", referiu.

"Nós tivemos aqui dificuldade com o [ciclone] Idai, enormes dificuldades com vários ciclones e também tivemos apoio, agora é a nossa vez de apoiarmos os nossos irmãos", concluiu, num apelo à solidariedade para com Cabo Delgado.

Grupos armados aterrorizam aquela província moçambicana desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e 714.000 deslocados, de acordo com o Governo moçambicano.

O mais recente ataque foi feito em 24 de março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso.

As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projeto de gás com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.

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