Abbas denuncia "incitação ao ódio" e pede proteção dos palestinianos
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, denunciou a "incitação ao ódio" de movimentos israelitas de extrema-direita e instou a comunidade internacional a proteger os palestinianos após confrontos entre os dois grupos.
© Reuters
Mundo Palestina
Mais de 120 pessoas ficaram feridas na noite de quinta-feira para hoje nos confrontos mais violentos dos últimos anos em Jerusalém, que envolveram judeus de extrema-direita, palestinianos e forças policiais.
O Crescente Vermelho palestiniano deu conta de pelo menos 105 feridos, duas dezenas dos quais transportados para o hospital, enquanto a polícia israelita adiantou ter registado 20 feridos nas suas fileiras.
Os confrontos começaram à margem de uma manifestação do movimento judeu de extrema-direita Lahava, abertamente hostil aos palestinianos, que se concentrou à entrada de Cidade Velha de Jerusalém.
A polícia israelita destacou centenas de polícias para proteger "a liberdade de expressão" e o "direito à manifestação" e também para evitar confrontos entre os militantes de extrema-direita e os palestinianos.
Estes, considerando a concentração uma provocação, realizaram uma contra-manifestação, que coincidiu com a saída dos fiéis da Esplanada das Mesquitas após a oração noturna do Ramadão, o mês de jejum muçulmano.
Manifestantes de extrema-direita gritaram "morte aos árabes" e lançaram pedras contra a polícia israelita, também alvo de projeteis de manifestantes palestinianos.
A polícia utilizou gás lacrimogéneo, granadas atordoantes e um canhão de água para dispersar os manifestantes.
"Estamos profundamente preocupados com a violência em Jerusalém nos últimos dias. Esperamos que todas as vozes razoáveis peçam (...) um regresso à calma", reagiu hoje o consulado norte-americano em Jerusalém.
Num discurso na quinta-feira no Conselho de Segurança, o enviado da ONU para o Médio Oriente, Tor Wennesland, denunciou confrontos há vários dias envolvendo a polícia israelita, civis israelitas e palestinianos e pediu a uma diminuição da tensão.
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