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Floyd. Ex-chefe de polícia defende mudança de noção de segurança pública
Cedric Alexander, antigo chefe do departamento de polícia de Rochester, Estados Unidos, considerou hoje que a condenação do ex-agente Derek Chauvin por homicídio deve levar a uma mudança na cultura de policiamento e no significado de segurança pública.
© Getty Images
Mundo Floyd
O ex-chefe de polícia de Rochester, cidade no estado de Nova Iorque, comentava para a estação de televisão NBC a condenação do ex-agente Derek Chauvin, em Minneapolis, considerado culpado de três crimes de homicídio, ao causar, em 29 de maio de 2020, a morte do afro-americano George Floyd.
Para Cedric Alexander, as consequências "vão além de reformas [na polícia] ou de repensar o policiamento" e têm de responder a uma "pergunta muito essencial" de senso comum sobre "como é a segurança pública".
Antigo diretor de segurança pública no condado DeKalb, no estado de Geórgia, Cedric Alexander disse que "juntamente com o policiamento", sérios problemas de falta de emprego, pobres condições de alojamento ou falta de habitação dizem respeito também à segurança pública.
Ao indicar que as raízes dos problemas podem ser tratadas sem interferência da polícia, Cedric Alexander disse: "Temos muito a fazer sobre o policiamento na América, porque grande parte da confiança foi mal colocada na polícia, que veio a perder alguma legitimidade".
Antigo diretor de segurança no Aeroporto Internacional de Dallas, em representação da Administração nacional de Segurança de Transporte, Cedric Alexander considerou que o policiamento é "uma cultura por si própria", "muito forte".
Cedric Alexander defendeu a necessidade de se "mudar a cultura dentro das organizações" para tornar a polícia mais próxima da comunidade, com ênfase na "transparência" da atividade policial.
"Agentes da lei e polícia nem sempre são treinados para ser tudo para todos" ao lidar com crimes, disse o responsável com 40 anos de experiência, acrescentando que existem muitas situações complicadas, em comunidades "angustiadas e perturbadas".
A condenação de Derek Chauvin "tirou muita pressão do país e da população, mas o mais importante é o que fazer hoje e amanhã, como treinar ou recrutar e como responsabilizar agentes de polícia", disse.
O ex-agente policial norte-americano Derek Chauvin foi considerado, terça-feira, culpado das três acusações no julgamento do homicídio do afro-americano George Floyd.
Chauvin tinha declarado inocência em todas as acusações, apesar de ter sido filmado a segurar o joelho no pescoço de George Floyd, que repetia a frase que se tornou icónica dos milhares de protestos que se seguiram, "I can't breathe" ("Não consigo respirar").
Leia Também: Jovem de 17 anos "pode ter mudado o mundo" ao filmar detenção de Floyd
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