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Quase 17 crianças migrantes desapareceram por dia na Europa desde 2018

Os especialistas consideram que "não existe" cooperação entre os países europeus nas fronteiras.

Quase 17 crianças migrantes desapareceram por dia na Europa desde 2018
Notícias ao Minuto

10:57 - 21/04/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Migrantes

Pelo menos 18.292 crianças migrantes, que não estavam acompanhadas por adultos, desapareceram após chegarem à Europa entre janeiro de 2018 e dezembro de 2020, segundo uma investigação realizada pelo The Guardian e pelo coletivo de jornalistas Lost Europe. Em média, desapareceram quase 17 crianças por dia após chegarem a países como a Itália, a Grécia ou a Alemanha. 

Só no ano passado, 5.768 crianças migrantes foram dadas como desaparecidas em 13 países europeus. 

A maioria das crianças que desapareceu nos últimos três anos é proveniente de Marrocos, mas entre os principais países de origem também se contam a Argélia, a Eritreia e o Afeganistão. Os dados reunidos indicam ainda que 90% das crianças que desapareceram são rapazes, e um em cada seis tinham menos de 15 anos de idade. 

A investigação compilou dados de migrantes menores sozinhos que desapareceram nos 27 Estados-membros da União Europeia, assim como da Moldávia, da Noruega, da Suíça e do Reino Unido. No entanto, a informação recolhida estava incompleta muitas vezes, o que significa que o número de crianças desaparecidas pode ser muito superior. 

Por exemplo, países como França, Dinamarca e o Reino Unido não forneceram quaisquer dados sobre as crianças migrantes desaparecidas. 

As conclusões desta investigação do The Guardian e do Lost Europe levantam questões sobre sobre o esforço e a vontade dos países europeus para proteger as crianças migrantes que viajam sozinhas. Expõem também a falta de cooperação nas fronteiras. 

Federica Toscano, uma responsável da ONG Missing Children Europe, sublinha que os dados divulgados são “extremamente importantes” para compreender a escala do problema na Europa. “O número elevado de crianças desaparecidas é um sintoma de um sistema de proteção de crianças que não funciona”, salientou. 

Toscano acrescentou que as crianças chegam sozinhas à Europa estão entre os migrantes mais vulneráveis à violência, ao tráfico humano e à exploração. “As crianças migrantes são cada vez mais o alvo das organizações criminosas”, referiu. 

Leia Também: Número de crianças migrantes para os EUA aumenta nove vezes

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