Procurador pede pena de prisão para 97 estudantes que se manifestaram
Um procurador turco pediu sentenças de prisão para 97 estudantes por participarem em protestos contra a nomeação pelo Presidente, Recep Tayyip Erdogan, de um reitor próximo ao poder na Universidade de Bagazici, em Istambul, noticiou hoje a imprensa.
© Murat Baykara/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Turquia
De acordo com a acusação aprovada por um tribunal de Istambul, os estudantes são acusados de violar a proibição de reunião, em vigor como parte das medidas destinadas a conter a propagação de pandemia de covid-19.
Além disso, são também acusados de participarem em "aglomerações não autorizadas e de se recusarem a dispersar apesar dos avisos", segundo a agência estatal Anadolu.
Os estudantes enfrentam agora sentenças que variam entre os seis meses e os três anos de prisão.
A data de início de julgamento não foi anunciada.
Estudantes de Bogazici manifestaram-se diariamente no início de janeiro contra a nomeação de um reitor próximo do partido de Erdogan, Melih Bulu, interpretando isso como um sinal de perda de independência das universidades.
As autoridades reprimiram duramente os protestos e detiveram várias dezenas de estudantes.
Essa repressão foi acompanhada por um aumento do discurso anti-LGBT, após a descoberta no 'campus' universitário de arte considerada insultuosa, associando um lugar sagrado do Islão e bandeiras LGBT.
Em fevereiro, um procurador turco pediu até três anos de prisão para sete estudantes que as autoridades acusam de terem "insultado o Islão" com essa obra polémica.
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