EUA cumprem promessa de retomar sanções contra regime da Bielorrússia
Os Estados Unidos cumpriram hoje a sua ameaça de voltar a impor sanções a nove empresas estatais bielorrussas, petroquímicas e industriais, em resposta à repressão sobre manifestantes pró-democracia.
© Getty Imagens
Mundo Sanções
Na sequência dos protestos contra a reeleição "fraudulenta" do Presidente Alexander Lukashenko em agosto, "há mais de 340 prisioneiros políticos atualmente detidos na Bielorrússia", lamentou o chefe da diplomacia dos EUA, Antony Blinken, num comunicado, pedindo mais uma vez a Minsk para libertar esses ativistas "imediata e incondicionalmente".
"Perante a forte deterioração da situação dos direitos humanos na Bielorrússia", o Governo dos Estados Unidos decidiu proibir novamente qualquer negócio com essas nove empresas petroquímicas e industriais, incluindo a 'holding' petrolífera Belneftekhim.
Washington considera que essas empresas "financiam e apoiam o regime de Lukashenko, facilitando a sua violenta repressão sobre o povo da Bielorrússia e a sua reiterada rejeição do Estado de Direito", explicou Blinken.
As sanções contra a Bielorrússia já tinham sido iniciadas em 2006, quando os Estados Unidos proibiram todos os negócios com essas empresas, na sequência de eleições também contestadas.
O Departamento de Tesouro dos EUA suspendeu essas sanções em 2015, elogiando alguns avanços, mas o Governo dos EUA avisou, no final de março, que essa suspensão não poderia ser renovada na sua próxima fase, em final de abril, se a libertação de presos políticos não acontecesse.
De acordo com a decisão hoje anunciada, a proibição de transações com as empresas bielorrussas entrará em vigor no dia 03 de junho.
A oposição na Bielorrússia contesta a reeleição de Alexander Lukashenko, que está no poder desde 1994, nas eleições presidenciais de agosto passado.
Mas o grande movimento de protesto que abalou o país no ano passado foi enfraquecido pela constante repressão pelas autoridades.
Apesar das sanções europeias e norte-americanas contra Alexander Lukashenko e altos funcionários do seu Governo, o Presidente apoiado pela Rússia não deu sinais abertura política.
"Estamos empenhados em trabalhar com a comunidade internacional para continuar a responsabilizar os responsáveis pelas violações dos direitos humanos na Bielorrússia", concluiu Antony Blinken.
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