Serviço prisional russo vai transferir Navalny para um hospital
O opositor de Vladimir Putin está na sua terceira semana de greve de fome. O estado de saúde de Alexei Navalny deteriorou-se bastante, e o seu médico chegou a sugerir que podia estar à beira da morte.
© Reuters
Mundo Alexei Navalny
O serviço prisional russo informou, esta segunda-feira, que foi tomada a decisão de transferir Alexei Navalny para um hospital, avança a Associated Press. O principal opositor de Vladimir Putin está na sua terceira semana de greve de fome e o seu estado de saúde deteriorou-se de forma significativa.
A tal ponto, que há dois dias o seu médico avisou que Navalny, de 44 anos, podia estar à beira da morte.
Num comunicado, o FSIN, o serviço prisional estatal da Rússia, revelou que Alexei Navalny vai ser transferido para um hospital para presos, que faz parte de outra colónia penal, e que fica situada na cidade de Vladimir.
O comunicado acrescenta que a condição de saúde de Navalny é "satisfatória" e que o opositor russo aceitou tomar suplementos de vitaminas.
No sábado, o médico de Navalny, Yaroslav Ashikhmin, referiu que os resultados dos testes que recebeu da família do opositor exibem níveis muito elevados de potássio, o que pode provocar uma paragem cardíaca. Os níveis de creatinina também são elevados, o que pode comportar um risco de insuficiência renal.
Face às informações que vieram a público sobre o agravamento do estado de saúde de Navalny, os seus aliados convocaram um protesto a nível nacional para esta quarta-feira, o mesmo dia em que Putin fará o seu discurso anual do estado da nação.
A União Europeia, os líderes europeus e os Estados Unidos também se mostraram preocupados com a condição de Navalny.
I am deeply worried about Alexei Navalny’s health. He must immediately receive access to proper medical treatment.
— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) April 18, 2021
The EU continues to call for his immediate and unconditional release. https://t.co/e9yy1760sZ
O crítico do Kremlin iniciou a greve de fome como forma de protesto pelo facto do serviço prisional russo não ter autorizado a visita dos seus médicos quando começou a sentir dores nas costas e perda de sensibilidade nas pernas.
[Notícia atualizada às 11h24]
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