Na data em que se comemora o Dia do Prisioneiro, a OLP criticou a condenação de civis por tribunais militares israelitas num dia marcante que lembra os 4.500 prisioneiros palestinianos que permanecem nas prisões israelitas, dos quais 168 menores e 440 deles sem acusações formais ou julgamento.
Segundo a agência EFE, desde 1979 que a Palestina assinala esta efeméride no dia 17 de abril, recordando a população que foi direta ou indiretamente afetada por algum tipo de detenção.
A OLP assegura que desde o início da ocupação, em 1967, mais de um milhão de palestinianos foram presos por Israel.
A Organização Não Governamental palestiniana Addameer garante que, durante esta fase da pandemia da covid-19, os prisioneiros da Palestina foram isolados e proibidos de contactar com os seus advogados e familiares.
Esta ONG denunciou ainda que 85% das 41 mulheres e dos menores que ainda estão presos, relatam abusos verbais e físicos.
"Israel é o único país do mundo que tem tribunais militares de menores, exclusivamente para crianças palestinas com mais de 12 anos. São detidos em média 700 jovens por ano", adiantou a organização, citada pela EFE.
Organizações sociais e políticas também denunciaram hoje a figura da "detenção administrativa", um sistema que permite a Israel deter sem apresentar acusações ou provas e que pode ser renovado indefinidamente a cada seis meses.