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Líder da junta militar birmanesa vai participar na cimeira da ASEAN

O líder da junta militar birmanesa, general Min Aung Hlaing, participará na cimeira especial da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN) na próxima semana, disse hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Tailândia.

Líder da junta militar birmanesa vai participar na cimeira da ASEAN
Notícias ao Minuto

10:19 - 17/04/21 por Lusa

Mundo Myanmar

"Vários líderes confirmaram a sua presença, incluindo MAH (Min Aung Hlaing) de Myanmar", declarou Tanee Sangrat, porta-voz do Ministério, aos jornalistas.

A cimeira, que se realizará no dia 24 de abril, vai reunir os países da ASEAN - formada por Myanmar (ex-Birmânia), Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Singapura, Tailândia e Vietname.

Mais de 700 civis, incluindo pelo menos 40 crianças, morreram em Myanmar devido à violência e repressão das forças de segurança birmanesas aos protestos da população contra o golpe militar de 01 de fevereiro no país.

O porta-voz do "Governo democrático" birmanês (deposto), Dr. Sasa, criticou na sexta-feira que o líder da junta militar, acusado de crimes contra a humanidade e de guerra, seja recebido pelos responsáveis da região.

"O assassino-chefe Min Aung Hlaing não deve ser convidado para a cimeira da ASEAN. Não só trará grande desgraça à cimeira, mas será considerado um grande insulto contra o grande povo de Myanmar e trará mais dor para os familiares dos 714 heróis caídos, mortos por pistoleiros", disse o Dr. Sasa, que usa apenas um nome.

A brutalidade dos agentes de segurança birmaneses tem provocado severas críticas e sanções por parte da União Europeia (UE) e de países como Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, embora a comunidade internacional não tenha conseguido chegar a um acordo sobre ações comuns, como um embargo global de armas contra Myanmar.

A Rússia e a China são vistas como os principais apoiantes do regime birmanês, embora tenham criticado as mortes de civis e pedido a libertação dos detidos.

O exército birmanês justificou o golpe com uma alegada fraude eleitoral nas eleições de novembro passado, nas quais o partido da dirigente deposta Aung San Suu Kyi venceu claramente, tal como aconteceu em 2015, com o aval de observadores internacionais.

Leia Também: Myanmar. Políticos birmaneses depostos anunciam criação de Governo sombra

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