"Percebemos a rapidez com que Varsóvia jogou o jogo da administração norte-americana, exigindo a saída de três diplomatas russos da Polónia. Por sua vez, cinco diplomatas polacos serão expulsos da Rússia", anunciou o Ministério dos Negócios Estrangeiros russo num comunicado.
No mesmo dia em que os Estados Unidos da América (EUA) anunciaram um novo conjunto de pesadas sanções financeiras contra a Rússia, visando 32 entidades e pessoas, e a expulsão de 10 funcionários diplomáticos da missão russa na capital norte-americana, a Polónia (país que integra a NATO como os norte-americanos) divulgou que ia expulsar três diplomatas russos acusados de "ações hostis".
Ao manifestar a sua "total solidariedade" com as sanções e as expulsões de diplomatas anunciadas por Washington, o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco afirmou, na quinta-feira, que "as decisões tomadas em conjunto com os aliados (...) são a resposta mais apropriada às ações hostis da Federação Russa".
A decisão da administração norte-americana foi uma resposta a um ataque informático ocorrido em 2020, agora formalmente imputado à Rússia, que através de uma empresa de 'software' norte-americana, a SolarWinds, conseguiu introduzir códigos maliciosos e ter acesso às redes de várias agências federais norte-americanas.
A par de outras ações "imprudentes", a administração norte-americana também acusou na quinta-feira a Rússia de tentar interferir nas eleições presidenciais de 2020, que acabaram por ditar a vitória do atual Presidente Joe Biden.
As sanções anunciadas pela Casa Branca acontecem num momento particularmente delicado das relações diplomáticas entre os EUA e a Rússia.
Já hoje a diplomacia russa avançou que vai expulsar 10 diplomatas norte-americanos em Moscovo como retaliação a idêntica medida tomada pelos EUA, tendo ainda "recomendado" o regresso a Washington do embaixador norte-americano na capital russa, John Sullivan.
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