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Navalny: Tribunal condena aliada por violação da casa de agente secreto

Um tribunal russo condenou hoje a um ano de serviço comunitário com pena suspensa uma aliada do opositor detido Alexei Navalny, considerando-a culpada de ter violado a casa de um agente dos serviços secretos FSB.

Navalny: Tribunal condena aliada por violação da casa de agente secreto
Notícias ao Minuto

13:15 - 15/04/21 por Lusa

Mundo Rússia

Segundo a acusação, Lioubov Sobol foi, no final de dezembro, a casa de um alegado agente, Konstantin Koudriavtsev, responsável, de acordo com a equipa de Navalny, pelo envenenamento do líder da oposição no verão passado.

Em 21 de dezembro, Alexei Navalny divulgou um vídeo de uma conversa telefónica com Kudriavtsev, na qual este, pensando estar a falar com um responsável do FSB, afirma que foram, de facto, os serviços secretos russos que envenenaram o mais famoso detrator do Kremlin.

Lioubov Sobol foi processada por "invasão de domicílio com ameaça ou uso de violência" depois de ter tentado falar com Kudriavtsev na sua casa, em Moscovo.

Sobol foi condenada a um ano de serviço comunitário com pena suspensa, anunciou hoje o serviço dos tribunais na sua conta do Telegram.

Além disso, Lioubov Sobol terá de entregar, durante um ano, 10% dos seus rendimentos mensais ao Estado.

O advogado da requerente referiu que irá interpor recurso da decisão.

O porta-voz de Navalny, Kira Iarmych, assegurou que a sentença não vai impedir Lioubov Sobol, uma figura em ascensão na oposição, de se candidatar às eleições legislativas de setembro.

Alexei Navalny sobreviveu, em agosto passado, a um envenenamento com um agente nervoso desenvolvido pelo exército soviético, crime pelo qual responsabiliza o Presidente, Vladimir Putin, e o FSB, mas que as autoridades russas negam, recusando mesmo investigar a tentativa de homicídio.

Após cinco meses de convalescença na Alemanha, Navalny foi detido ao regressar a Moscovo, tendo sido julgado e condenado a dois anos e meio de prisão por violar os termos da liberdade condicional referentes a uma sentença de 2014.

Os seus apoiantes são regularmente detidos e sujeitos a pressões e hoje a sua equipa de Irkutsk, na Sibéria, anunciou que as suas instalações foram invadidas pela polícia.

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