EUA e Taiwan reafirmam laços "sólidos como rocha" face a ameaças da China
A líder de Taiwan, Tsai Ing-wen, e uma delegação de antigos funcionários dos Estados Unidos enviada pelo Presidente Joe Biden reafirmaram hoje os laços "sólidos como uma rocha", num período de crescentes ameaças por parte da China.
© Walid Berrazeg/SOPA Images/LightRocket via Getty Images
Mundo Diplomacia
Os EUA expressaram o "apoio sólido como uma rocha a Taiwan", disse Tsai Ing-wen, durante um discurso de abertura, antes de os dois lados se reunirem em Taipé.
"Posso ver com confiança que a parceria dos Estados Unidos com Taiwan está mais forte do que nunca", disse o ex-senador norte-americano Chris Dodd.
"Partilhamos laços económicos profundos, um compromisso mútuo com os valores democráticos e uma parceria de segurança extremamente importante", descreveu.
Dodd, senador democrata entre 1981 e 2011, foi acompanhado por dois ex-vice-secretários de Estado, James Steinberg, do governo de Barack Obama, e Richard Armitage, que serviu no governo de George W. Bush.
A delegação chegou na quarta-feira e reuniu-se hoje com Tsai.
Os delegados devem encontrar-se com outras autoridades durante a visita de três dias, segundo o ministério dos Negócios Estrangeiros de Taiwan.
O território é autónomo desde 1949, altura em que o antigo governo nacionalista chinês se refugiou na ilha, após a derrota na guerra civil frente aos comunistas.
Formalmente chamada República da China, Taiwan tornou-se, entretanto, uma democracia com uma forte sociedade civil, mas Pequim considera a ilha parte do seu território e ameaça a reunificação pela força.
O visita surge num momento de aumento das manobras militares da China nas águas e no espaço aéreo ao redor da ilha.
Nas últimas semanas, Taiwan detetou um número crescente de incursões - em frequência e em volume - de aeronaves militares chinesas na sua zona de identificação de defesa aérea.
Na segunda-feira, a China enviou um recorde de 25 caças para Taiwan, de acordo com o Ministério da Defesa Nacional da ilha.
A China alertou esta semana que está determinada a usar a força para impedir que Taiwan se aproxime dos Estados Unidos.
Ma Xiaoguang, porta-voz do Gabinete para os Assuntos de Taiwan, do Conselho de Estado chinês, avisou que os recentes exercícios militares junto a Taiwan foram um aviso a Taipé, de que aproximar-se dos EUA para conseguir a independência será um fracasso.
"Os exercícios militares visam assinalar que estamos determinados a impedir a independência de Taiwan e impedir que Taiwan trabalhe com os EUA", disse Ma, em conferência de imprensa.
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