Guiné-Bissau aumenta capacidade de testagem com novo laboratório
O laboratório NoLab, do grupo português Quilaban, iniciou a realização de testes ao novo coronavírus na Guiné-Bissau, na sequência de um acordo assinado com o Alto Comissariado para a Covid-19, disse hoje a diretora-geral do laboratório.
© PEDRO PARDO/AFP via Getty Images
Mundo Covid-19
"Estamos desde a semana passada a realizar esta testagem de covid-19 que acreditamos que vai ser uma ajuda no aumento do número de testes realizados na Guiné-Bissau", afirmou à Lusa Filipa Correia.
A Guiné-Bissau regista um total acumulado de 3.694 de casos de covid-19. Desde o início da pandemia no país já foram registadas 66 vítimas mortais.
Desde que foram detetados os primeiros casos da doença em Bissau, em março de 2020, a Guiné-Bissau, com cerca de dois milhões de habitantes, realizou um total de 60.565 testes.
Os testes realizados pelo laboratório NoLab custam 30.000 francos cfa (cerca de 45 euros) e as pessoas que o desejem podem fazê-lo no laboratório no edifício da Mavegro, em Bissau.
Questionado sobre o investimento feito, Filipa Correia explicou que o laboratório tem vindo a crescer na Guiné-Bissau e que tem "sempre a tendência de dar resposta às necessidades" do país.
"Esta mostrou-se uma necessidade, avaliámos o investimento que teríamos de realizar e achámos que deveríamos acompanhar e apoiar esta necessidade que o país tinha e acreditamos que o investimento vai trazer um retorno não só para o NoLab como para a população guineense", declarou.
O NoLab abriu na Guiné-Bissau há três anos com um espaço na Penha, na Avenida Combatentes Liberdade da Pátria, em Bissau, e recentemente inaugurou um outro espaço no centro da cidade.
Até aqui, os testes da covid-19 só podiam ser feitos no laboratório do Instituto Piaget e nas unidades do sistema de saúde nacional.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.961.387 mortos no mundo, resultantes de mais de 137,4 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
MSE // LFS
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