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EUA. Diretora de inteligência prevê testes nucleares da Coreia do Norte

A diretora de inteligência nacional (DNI) norte-americana, Avril Haines, testemunhou quarta-feira no Senado que a Coreia do Norte deverá continuar a realizar testes nucleares e de mísseis balísticos de longo alcance, no curto prazo.

EUA. Diretora de inteligência prevê testes nucleares da Coreia do Norte
Notícias ao Minuto

07:40 - 15/04/21 por Lusa

Mundo EUA

"A Coreia do Norte pode tomar ações agressivas e potencialmente desestabilizadoras para reconfigurar o seu ambiente de segurança e procurará criar divisões entre os Estados Unidos e os seus aliados", disse Haines em audiência na Comissão dos Serviços de Informações do Senado norte-americano.

"Estes esforços poderão incluir o reinício de testes das armas nucleares e de mísseis balísticos intercontinentais (ICBM)", acrescentou, um dia depois de apresentado o relatório global de ameaças pelo DNI. 

Haines agrupou a Coreia do Norte com três outros países - China, Rússia e Irão - que representam as maiores ameaças aos Estados Unidos, juntamente com organizações terroristas globais, salientado que a ameaça chinesa tem "prioridade incomparável" para a comunidade de inteligência norte-americana.

O general David VanHerck, comandante do Comando Norte dos EUA e do Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte, destacou também a possibilidade de a Coreia do Norte retomar "num futuro próximo" os lançamentos de mísseis de longo alcance para testar um novo tipo de projétil (ICBM) apresentado em outubro de 2020. 

"Consideravelmente maior e presumivelmente mais eficaz do que os sistemas que testaram em 2017", o novo ICBM "aumenta ainda mais a ameaça que (a Coreia do Norte) representa para o território" norte-americano, disse o oficial. 

"O regime norte-coreano também indicou que já não está vinculado à moratória unilateral de testes nucleares e de ICBM anunciada em 2018, sugerindo que Kim Jong-un pode começar a testar um projeto de ICBM melhorado num futuro próximo", acrescentou. 

Segundo a agência sul-coreana Yonhap, a Coreia do Norte disparou dois mísseis balísticos de curto alcance no mês passado, retomando os seus testes deste tipo de mísseis balísticos após um hiato de um ano.

Na semana passada, a Casa Branca disse que poderá admitir a abordagem da "diplomacia" com a Coreia do Norte para ultrapassar o impasse sobre a questão do programa nuclear norte-coreano.

"Estamos prontos para admitir uma forma de diplomacia caso isso nos conduza à desnuclearização", disse a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, salientando que as sanções continuarão a ser aplicadas, em consulta com aliados e os parceiros norte-americanos.

O Presidente dos EUA Joe Biden permaneceu até ao momento praticamente silencioso sobre as intenções face a Pyongyang, ao assinalar que a situação está a ser revista para impor uma nova estratégia após a tentativa de diplomacia direta do seu antecessor Donald Trump com o dirigente norte-coreano Kim Jong Un, que não permitiu qualquer avanço sobre a desnuclearização do país isolado.

No entanto, o chefe de Estado norte-americano preveniu que os Estados Unidos vão ripostar "em consequência" em caso de "escalada" norte-coreana, após os disparos de mísseis de Pyongyang no final de março.

Leia Também: EUA abrem "a cada 10 horas" uma nova investigação contra a China

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