Homem raptado e morto na China em esquema de troca de cadáveres
Devido à proibição de enterros que existe em alguns locais do país, a família contratou um homem para fornecer um cadáver substituto e poder fazer um funeral tradicional ao seu ente querido.
© Getty Images
Mundo China
Um homem chinês, com síndrome de Down, foi sequestrado e morto como parte de um elaborado esquema de troca de cadáveres.
Há uma proibição de enterros em alguns locais da China, para economizar terras e desencorajar cerimónias funerárias extravagantes.
De forma a contornar isso, uma família contratou alguém para fornecer um cadáver substituto, para ser cremado em lugar do seu ente querido.
No entanto, sem o seu conhecimento, o cadáver fornecido era de uma vítima de homicídio. O assassinato ocorreu em abril de 2017, mas só ganhou destaque a semana passada, depois de um artigo sobre o incidente ter sido feito por um jornal online.
O homem contratado pela família - identificado apenas como Huang - foi condenado à morte com pena suspensa, segundo o tribunal de Guangdong, citado pela BBC, o que significa que se não cometer mais nenhum crime durante dois anos a pena é transformada em pena perpétua na prisão.
Segundo os documentos do tribunal, em 2017, Huang recebeu uma oferta, em dinheiro, da família para arranjar outro cadáver pois esta queria que o ente querido tivesse um enterro tradicional. Na cidade de Shanwei, província de Guangdong, onde vivem, é obrigatório que todos os cadáveres sejam cremados. A família achou que o homem iria procurar outro cadáver para fazer a troca, mas este acabou por matar para cumprir o acordo.
Huang encontrou um homem com síndrome de Down a apanhar lixo na rua, pediu-lhe que entrasse no carro e deu álcool à vítima até esta desmaiar. Depois matou-a e colocou-a num caixão que foi entregue à família em troca do dinheiro acordado.
A vítima foi dada como desaparecida e foram necessários dois anos para a polícia descobrir o crime e encontrar o culpado.
A família foi condenada por profanação de cadáver, mas não obteve nenhuma sentença de prisão. Não resulta claro se terão ou não pago uma multa.
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