"A comunidade internacional, incluindo a UE [União Europeia], expressou repetida e publicamente que em circunstância alguma podemos aceitar a extensão do mandato do Governo, (...) sem o acordo das partes do pacto eleitoral de 17 de setembro", disse Borrell, numa declaração.
A decisão do parlamento somali "irá dividir a Somália" e "constitui uma séria ameaça à paz e segurança" no país, considerou o alto representante para a Política Externa da UE.
O mandato do parlamento somali terminou em dezembro passado e o de Farmajo em 08 de fevereiro, mas a câmara baixa aprovou na segunda-feira a prorrogação por mais dois anos, contrariando um acordo alcançado em 17 de setembro entre o Presidente e cinco líderes regionais para a realização de eleições através de um sistema baseado em clãs.
Esse acordo, apoiado pela comunidade internacional, não chegou a ser implementado devido a desacordos políticos na Somália.
Borrel apelou a um "regresso imediato" às negociações entre as partes, com base no acordo de setembro, e garantiu que "caso contrário, a UE considerará medidas concretas".
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