Navios franceses resgatam 84 migrantes no Canal da Mancha
Quatro barcos, com 84 migrantes a bordo, que tentavam chegar clandestinamente à costa da Inglaterra, foram resgatados na madrugada de hoje na costa norte de França, avançou a prefeitura marítima do Canal da Mancha e do Mar do Norte.
© Reuters
Mundo Canal da Mancha
Todos os migrantes a bordo estão "sãos e salvos graças à eficiência e reatividade" dos diversos serviços que tratam da segurança na zona, indicou aquela autoridade, em comunicado.
O Centro Regional Operativo de Vigilância e Salvamento (CROSS) de Gris Nez recebeu dois avisos sobre duas embarcações em perigo, uma ao largo da comuna francesa de Le Touquet e a outra junto a Boulogne-sur-Mer.
Em resposta, o barco patrulha da Marinha francesa "Flamant" recuperou 11 migrantes junto a Le Touquet e o rebocador "Abeille Languedoc" auxiliou a embarcação ao largo de Boulogne-sur-Mer, levando 24 náufragos, entre eles cinco crianças, segundo a prefeitura marítima, adiantando que foram todos conduzidos para o porto de Boulogne-sur-Mer.
A terceira operação ocorreu quando o navio da Gendarmaria Marítima "Scarpe" detetou uma embarcação em dificuldades perto de Sangatte, acabando por resgatar as 30 pessoas que se encontravam a bordo, incluindo uma mulher e um bebé, e as transportou até ao porto de Calais.
De acordo com a prefeitura marítima do Canal da Mancha e do Mar do Norte, a quarta ação de regate foi realizada pelo navio "Président Jacques Huret" nas proximidades da localidade de Ambleteuse, onde foram resgatados 19 migrantes, entre os quais duas mulheres e duas crianças, que foram transferidos para Boulogne-sur-Mer.
Desde o final de 2018, as travessias ilegais do Canal da Mancha por migrantes que procuram chegar ao Reino Unido aumentaram, apesar dos repetidos avisos das autoridades sobre o perigo associado à densidade do tráfego, fortes correntes e baixa temperatura da água.
Segundo dados da prefeitura marítima, em 2020 foram registadas 9.500 pessoas que cruzaram o Canal da Mancha ou tentaram entrar clandestinamente no Reino Unido, o que reflete um aumento quase quatro vezes superior ao verificado em 2019.
Em comunicado, a prefeitura marítima reforçou a mensagem de alerta sobre o facto de esta ser uma travessia perigosa, por ser uma das rotas de mais tráfego marítimo do mundo e porque as condições meteorológicas costumam ser difíceis, com uma média de 120 dias por ano com ventos de pelo menos força 7 (mais de 50 quilómetros por hora).
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