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Ucrânia exclui ofensiva militar contra separatistas pró-russos

A Ucrânia excluiu hoje uma ofensiva militar contra os separatistas pró-russos do leste do país, onde os confrontos se agravaram nas últimas semanas, enquanto o Kremlin admitiu medidas para proteger as populações russófonas da região.

Ucrânia exclui ofensiva militar contra separatistas pró-russos
Notícias ao Minuto

16:31 - 09/04/21 por Lusa

Mundo Ucrânia

"A libertação pela força dos territórios ocupados temporariamente conduziria inevitavelmente a numerosas perdas civis e militares, inaceitáveis para a Ucrânia", declarou o comandante em chefe das Forças Armadas ucranianas, general Rouslan Khomtchak.

Em comunicado publicado no Facebook, sublinhou que Kiev apoia uma solução "política e diplomática" para recuperar os territórios que lhe escapam desde o início do conflito em 2014.

O general também classificou como "uma campanha de desinformação" dirigida pela Rússia diversos "relatórios" sobre os preparativos de uma ofensiva militar de Kiev, quando os ucranianos acusam Moscovo de concentrar tropas nas suas fronteiras.

Segundo a Ucrânia, o Kremlin poderia procurar um pretexto para desencadear uma operação militar de envergadura.

"Esta campanha destina-se a desacreditar a Ucrânia na cena internacional e disseminar o pânico entre a população dos territórios ocupados", disse ainda o general Khomtchak.

Em Moscovo, o Kremlin voltou a reafirmar hoje os receios de um regresso em larga escala do conflito no leste ucraniano e admitiu medidas para proteger as populações locais, um aviso que coincide com o envio de forças militares ao longo da fronteira comum.

A declaração de Dmitri Peskov, porta-voz do Presidente russo Vladimir Putin, reflete a determinação do Kremlin em impedir a Ucrânia de utilizar a força para tentar retomar o controlo dos territórios do leste controlados pelos separatistas.

As forças ucranianas e os separatistas pró-russos envolveram-se num conflito no leste da Ucrânia pouco após a anexação da península da Crimeia por Moscovo em março de 2014.

Mais de 14.000 pessoas foram mortas nos combates, e os esforços de negociação para uma solução política estão num impasse.

Na quinta-feira, o Presidente ucraniano Volodymyr Zelensky iniciou uma deslocação à linha da frente, que hoje termina.

Obteve ainda o apoio da chanceler alemã Angela Merkel, que na quinta-feira pediu a Putin para reduzir a sua presença militar nas fronteiras da Ucrânia.

Os Estados Unidos também se manifestaram "crescentemente preocupados pela recente escalada de ataques russos no leste da Ucrânia". Washington decidiu enviar dois navios de guerra para o mar Negro através do estreito do Bósforo, uma medida suscetível de exasperar Moscovo no contexto das tensões com a Ucrânia.

Os separatistas das autoproclamadas repúblicas de Donetsk e Lugansk revelaram por sua vez a perda de pelos menos 20 dos seus combatentes desde o regresso das tensões.

A Ucrânia perdeu 50 soldados em 2020 na linha da frente, segundo a presidência.

Leia Também: Turquia confirma que EUA enviarão navios de guerra para apoiar Ucrânia

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