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Presidente da Ucrânia visita linha da frente no leste do País

O Presidente da Ucrânia deslocou-se hoje a Donbass, onde o conflito que desde 2014 opõe as forças ucranianas aos separatistas pró-russos subiu de tom nas últimas semanas devido ao aumento das tropas russas na fronteira e violações do cessar-fogo.

Presidente da Ucrânia visita linha da frente no leste do País
Notícias ao Minuto

11:26 - 08/04/21 por Lusa

Mundo Tropas

Segundo a Presidência ucraniana, Volodymyr Zelensky visitará as posições avançadas na linha que separa as forças, onde o cessar-fogo é "sistematicamente violado" e pelo menos 24 soldados ucranianos morreram desde o início do ano, oito deles desde o final de março, quando a situação começou a agravar-se.

O conflito armado no leste do país já provocou a morte de cerca de 14.000 pessoas em sete anos, segundo a ONU.

"Como comandante supremo, quero estar com os nossos soldados nestes tempos difíceis em Donbass. Ir aos locais da escalada", disse Zelensky numa mensagem publicada no Twitter, observando ainda que na quarta-feira um jovem soldado de 23 anos foi morto por fogo inimigo.

"A Ucrânia precisa de paz e fará tudo para alcançá-la", enfatizou.

Zelensky falará com os soldados estacionados na linha de separação e tentará encorajá-los a "manter a moral", segundo nota divulgada hoje pela Presidência.

Em Donbass existe um cessar-fogo em vigor desde 2015, mas foi continuamente violado e em julho de 2020 foram tomadas medidas para o reforçar.

A missão especial de monitoração da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), que monitoriza o cumprimento do cessar-fogo, continua a registar violações diárias em Lugansk e Donetsk, onde ocorreram desde 02 de abril mais de 1.500 incidentes.

Kiev alertou nos últimos dias os Estados Unidos, NATO, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha e as instituições da União Europeia do aumento das violações do cessar-fogo em Donbass e do aumento de tropas russas e armas na fronteira com a Ucrânia.

A Rússia, por sua vez, acusou a Ucrânia de reforçar as suas posições em Donbass e garantiu que os seus movimentos não representam uma ameaça e atribuiu-os às atividades de preparação do exército, normalmente realizadas nesta época do ano.

Também indicou que pode mover as suas unidades como quiser dentro das suas fronteiras e que são as forças ucranianas que causam e violam o cessar-fogo.

Kiev convocou na terça-feira uma reunião urgente do Grupo de Contacto Trilateral - Ucrânia, Rússia e OSCE - devido ao agravamento da situação de segurança no leste do país.

A reunião ocorreu por via digital na quarta-feira, sem que fosse emitida uma declaração conjunta sobre as medidas para restabelecer o cessar-fogo.

A representante especial da OSCE na Ucrânia e no Grupo de Contacto Trilateral, embaixadora Heidi Grau, disse em comunicado que "durante a reunião os participantes reiteraram o seu compromisso com o regime de cessar-fogo" e que as negociações continuarão em uma reunião regular marcada para a próxima semana.

O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou esta semana que "a única maneira" de acabar com a guerra no leste da Ucrânia é através da adesão do país à NATO, defendendo que enviaria um "sinal real à Rússia".

O Kremlin respondeu que a adesão da Ucrânia à NATO agravará o conflito entre os separatistas russos e as forças ucranianas.

Leia Também: Adesão da Ucrânia à NATO enviaria "sinal real" à Rússia

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