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Biden defende plano de investimentos de críticas sobre aumento impostos

O governo de Joe Biden está a rejeitar críticas à pretensão de aumentar impostos sobre as empresas, argumentando que, pelo contrário, vai ajudar a economia, uma vez que os investimentos nas infraestruturas vão estimular o crescimento.

Biden defende plano de investimentos de críticas sobre aumento impostos
Notícias ao Minuto

06:40 - 08/04/21 por Lusa

Mundo EUA

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, disse hoje que foi uma derrota autoimposta o pressuposto de Donald Trump que a redução da taxa sobre lucros de 35% para 21%, decidida em 2017, tornaria a economia mais competitiva e fomentaria o crescimento económico.

Yellen apontou que a concorrência internacional por via fiscal ocorreu à custa do investimento nos trabalhadores.

"A reforma fiscal não é um jogo de soma zero", disse a jornalistas, durante uma teleconferência. "'Ganho-ganho' é uma expressão usada e abusada, mas o que temos agora à nossa frente é um ganho real", acrescentou.

Na semana passada, o presidente norte-americano apresentou um plano de investimento em infraestruturas, no montante de 2,3 biliões (milhão de milhões) de dólares (1,9 biliões de euros).

Para financiar o plano, Biden conta com as receitas do mencionado aumento de impostos sobre o lucro das empresas para 28% e o estabelecimento de uma taxa internacional mínima de 21%.

Yellen afirmou que o plano aumentaria o investimento nas capacidades dos trabalhadores e em infraestruturas tradicionais como estradas e pontes, bem como em infraestruturas modernas, como banda larga.

Prevê-se que este investimento produza um valor para a economia no montante de 2,5 biliões de dólares, em 15 anos, suficientes para cobrir o seu custo.

Fundamental para o governo Biden é elevar a receitas dos impostos sobre as empresas para os seus níveis históricos, mais do que elevá-los para níveis superiores, que poderia prejudicar a competitividade económica dos EUA.

O corte de impostos decidido por Trump em 2017 reduziu para metade o peso desta fonte de receita orçamental, expresso em percentagem do produto interno bruto (PIB), de dois para um por cento.

Em todo o caso, aqueles dois por cento estavam abaixo da média de três por cento dos membros da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico, detalhou o Departamento do Tesouro no seu sumário do plano de investimentos.

Yellen disse ainda que o corte de 2017 não cumpriu a promessa de Trump de acelerar a economia. Em vez disso, encorajou ouros países a fazerem o mesmo, qual corrida para os mínimos, que o governo de Biden quer interromper com o estabelecimento de uma taxa mínima e outros acordos internacionais.

Pelas estimativas da Moody's Analytics, o plano de investimento vai aumentar o nível do PIB até 2024 em 1,6%.

Leia Também: Biden vai anunciar na quinta-feira medidas de controlo de armas

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