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Golpe de Estado. Turquia condena 38 militares a prisão perpétua

Um total de 38 altos oficiais do exército turco foram hoje condenados a prisão perpétua por um tribunal em Ancara, pelo seu envolvimento no golpe de Estado fracassado de 2016, no qual mais de 240 pessoas morreram.

Golpe de Estado. Turquia condena 38 militares a prisão perpétua
Notícias ao Minuto

13:15 - 07/04/21 por Lusa

Mundo Turquia

Os juízes, num processo que julgava 497 réus, consideraram os militares culpados de diversos crimes de golpe, "tentativa de eliminação do Parlamento", tentativa de usurpar comandos militares" e tentativa de "assassinar o Presidente", informou a agência Anadolu.

Outros 107 réus foram condenados a entre seis e 16 anos, neste que é considerado o último grande julgamento relativo à tentativa de golpe de 2016.

Por outro lado, o tribunal absolveu 121 dos arguidos e concluiu o julgamento sem condenação de outros 231 arguidos.

Entre os que receberam as penas mais altas estão seis altos oficiais do exército, que foram condenados a prisão perpétua com agravantes e outros 32 que foram condenados a prisão perpétua.

O ex-coronel Muhamet Tanju Poshor e o major Osman Koltarla foram condenados a prisão perpétua com agravantes pela tentativa de assassínio do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.

O ex-tenente-coronel Ümit Gençer foi condenado a prisão perpétua com agravantes por ler a declaração do golpe após ocupar a estação pública de rádio e televisão TRT.

Por sua vez, o ex-comandante Muhsin Kutsi Baris, que anteriormente recebeu 141 sentenças de prisão perpétua por seu envolvimento no golpe, foi condenado hoje a 61 anos de prisão por causar "lesões deliberadas" e "privação de liberdade".

O Governo turco culpa membros da irmandade do clérigo islâmico exilado Fethullah Gülen pela tentativa de golpe, embora este último rejeite qualquer acusação.

Após a tentativa de golpe, que ocorreu em 15 de julho de 2016, o Governo turco lançou extensos expurgos para expulsar supostos seguidores do pregador da administração, justiça, educação e forças de segurança.

Cerca de 130.000 pessoas foram despedidas e outras 100.000 detidas, das quais cerca de 28.000 permanecem em prisão preventiva.

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