Os juízes, num processo que julgava 497 réus, consideraram os militares culpados de diversos crimes de golpe, "tentativa de eliminação do Parlamento", tentativa de usurpar comandos militares" e tentativa de "assassinar o Presidente", informou a agência Anadolu.
Outros 107 réus foram condenados a entre seis e 16 anos, neste que é considerado o último grande julgamento relativo à tentativa de golpe de 2016.
Por outro lado, o tribunal absolveu 121 dos arguidos e concluiu o julgamento sem condenação de outros 231 arguidos.
Entre os que receberam as penas mais altas estão seis altos oficiais do exército, que foram condenados a prisão perpétua com agravantes e outros 32 que foram condenados a prisão perpétua.
O ex-coronel Muhamet Tanju Poshor e o major Osman Koltarla foram condenados a prisão perpétua com agravantes pela tentativa de assassínio do Presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O ex-tenente-coronel Ümit Gençer foi condenado a prisão perpétua com agravantes por ler a declaração do golpe após ocupar a estação pública de rádio e televisão TRT.
Por sua vez, o ex-comandante Muhsin Kutsi Baris, que anteriormente recebeu 141 sentenças de prisão perpétua por seu envolvimento no golpe, foi condenado hoje a 61 anos de prisão por causar "lesões deliberadas" e "privação de liberdade".
O Governo turco culpa membros da irmandade do clérigo islâmico exilado Fethullah Gülen pela tentativa de golpe, embora este último rejeite qualquer acusação.
Após a tentativa de golpe, que ocorreu em 15 de julho de 2016, o Governo turco lançou extensos expurgos para expulsar supostos seguidores do pregador da administração, justiça, educação e forças de segurança.
Cerca de 130.000 pessoas foram despedidas e outras 100.000 detidas, das quais cerca de 28.000 permanecem em prisão preventiva.