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Floyd. Operadora de emergência foi a 1.ª testemunha: "Algo estava errado"

A primeira testemunha do julgamento do caso George Floyd é uma operadora da central de emergências. Jena Scurry diz que o que viu no local, através das câmaras dos agentes, levou-a a contactar um sargento.

Floyd. Operadora de emergência foi a 1.ª testemunha: "Algo estava errado"

A primeira testemunha chamada a depor no julgamento do caso George Floyd, uma operadora da central de emergências, afirmou, em tribunal, que à medida que ia assistindo às imagens que lhe chegavam à central, a partir das câmaras corporais dos agentes, foi ficando apreensiva e contactou um superior.

Jena Scurry, a operadora que estava a trabalhar na central de urgências no dia 25 de maio, afirmou que se lembra de ver os agentes a colocar George Floyd no banco traseiro do veículo policial e que, depois, foi alternando entre olhar para o computador e para os televisores onde era emitido o 'feed' de vídeo das câmaras corporais.

A dada altura, testemunhou Scurry, ao olhar para as imagens, verificou que Floyd estava no chão. Pouco tempo depois, questionou-se sobre o motivo de a imagem não mudar, continuando o homem no chão - tendo até imaginado que o ecrã teria congelado. Quando viu pessoas a mover-se no entorno, pensou que "algo poderia estar errado".

"Eles tinham saído do carro para o chão e os meus instintos estavam a dizer-me que alguma coisa estava errada, alguma coisa não estava bem. Não sei o quê, mas alguma coisa não estava bem", indicou. Nessa altura, ligou ao seu superior, um sargento.

A ligação foi ouvida na sala de tribunal. "Eu não sei se eles usaram força ou não. Tiraram alguma coisa da parte de trás do carro-patrulha e estão todos em cima do homem. Portanto, não sei se eles precisavam de o fazer ou não, mas ainda não me disseram nada", disse a operadora, na chamada para o sargento.

Jena Scurry acrescentou que fez a chamada para "manifestar preocupações" e que nunca tinha feito um apelo semelhante a um sargento nesta situação.

O julgamento arrancou com as alegações iniciais da acusação e da defesa de Derek Chauvin [na ilustração acima], acusado de homicídio e homicídio agravado. Foi mostrado o conhecido vídeo captado pelas câmaras de testemunhas, que mostra Chauvin a colocar o joelho no pescoço do detido e a pressioná-lo durante cerca de nove minutos, com o afro-americano a dizer que não consegue respirar até ficar inconsciente.

A defesa do agente alegou que o processo é "mais do que sobre os 9 minutos e 29 segundos". "Sugiro que deixem o senso comum e a razão guiar-vos" durante o julgamento, apelou o causídico Eric Nelson, acrescentando, aos jurados, que irá ser provado que o seu cliente "fez exatamente aquilo para que foi treinado ao longo da sua carreira de 19 anos".

Leia Também: George Floyd. Procurador acusa polícia de "uso excessivo de força"

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