Meteorologia

  • 28 ABRIL 2024
Tempo
12º
MIN 9º MÁX 17º

Resgatadas 38 crianças do Burkina Faso para trabalhos ilegais

Trinta e oito crianças do Burkina Faso destinadas a trabalhar em minas ilegais e plantações agrícolas na Costa do Marfim foram "resgatadas" e serão repatriadas, anunciou hoje a ministra da Família e da Criança costa-marfinense.

Resgatadas 38 crianças do Burkina Faso para trabalhos ilegais
Notícias ao Minuto

13:57 - 26/03/21 por Lusa

Mundo Burkina Faso

"Estamos a organizar o regresso destas crianças resgatadas pela polícia, ansiosas por regressar a casa e se reunirem com as suas famílias", disse Ramata Ly-Bakayoko durante uma cerimónia com as crianças, prometendo "uma luta implacável contra o trabalho infantil na Costa do Marfim".

"Haverá tolerância zero na luta contra o tráfico de crianças, não podemos permitir este tráfico desumano", martelou ela.

O comissário Luc Baka, diretor da luta contra o tráfico de crianças, explicou que "estas crianças com idades entre os 09 e 18 anos foram intercetadas num autocarro com destino a Aboisso [sul] e estavam destinadas a trabalhar em minas e plantações agrícolas".

"Quatro traficantes" foram levados à justiça, acrescentou, dizendo que em 2020 "1.083 crianças" tinham sido resgatadas.

Os traficantes "prometeram-nos (...) que nos seriam pagos 50.000 francos CFA [76,2 euros] todos os meses, mas nos últimos seis meses, não recebemos nada", disse Ibrahim Ouédraogo, 17 anos.

A Costa do Marfim continua a ser um importante destino regional para as crianças traficadas dos países vizinhos.

Cerca de 1,2 milhões deles estavam envolvidos na produção de cacau em 2013 e 2014, de acordo com a Iniciativa Internacional do Cacau (ICI), uma fundação suíça criada pela indústria do chocolate para combater o trabalho infantil no setor.

Euphrasie Aka, a coordenadora regional do ICI para a África Ocidental e Central, explicou em 2020 que o fenómeno do trabalho infantil iria aumentar devido ao "aumento dos preços do cacau", o que gera uma maior necessidade de mão-de-obra.

Leia Também: Países do Sahel pedem "reestruturação profunda" da dívida pública

Recomendados para si

;
Campo obrigatório