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Tribunal da Birmânia adia audiência de Aung San Suu Kyi pela segunda vez

Um tribunal birmanês adiou hoje, pela segunda vez, a audiência do processo contra Aung San Suu Kyi, líder da Liga Nacional para a Democracia, acusada de importar ilegalmente aparelhos de transmissão e de ameaçar a segurança nacional.

Tribunal da Birmânia adia audiência de Aung San Suu Kyi pela segunda vez
Notícias ao Minuto

11:55 - 24/03/21 por Lusa

Mundo Birmânia

Aung San Suu Kyi que dirigia "de facto" o Governo da Birmânia foi deposta pelo golpe de Estado militar do passado dia 01 de fevereiro.  

Os advogados de Aung San Suu Kyi disseram hoje aos jornalistas que a audiência em que a acusada deveria comparecer através de vídeo conferência foi suspensa por motivos técnicos detetados no tribunal de Naipydó, a capital do país, onde corre o processo judicial.

Os advogados adiantaram que a audiência foi marcada para o próximo dia 01 de abril.

Os militares no poder bloqueiam os serviços de internet por cabo há 39 noites seguidas e há 10 dias que se verifica um bloqueio total do sinal dos dados dos telemóveis.

Desde a detenção, durante o golpe de Estado, Aung San Suu Kyi, 75 anos, está praticamente isolada em casa tendo sido acusada pelo tribunal de vários delitos como violação das medidas contra a propagação do novo coronavírus e incitação à desordem, crimes que podem ser punido com penas de prisão.

Os militares acusam ainda a líder da Liga Nacional para a Democracia de ter recebido subornos do antigo chefe da região de Rangum e de um construtor que já prestaram declarações sobre os alegados factos. 

O ex-chefe regional de Rangum, Phyo Mien Thein, disse que entregou a Aung San Suu Kyi 600 mil dólares e 11 quilogramas de ouro entre 2017 e 2018, e o empresário Maung Waik assegurou que lhe entregou 500 mil dólares em quatro tranches durante os anos de 2018 e 2020.

As acusações foram negadas veementemente pelos advogados de Aung San Suu Kyi.

Até ao momento, pelo menos 275 manifestantes e ativistas foram mortos pela repressão policial e militar e mais de 2.800 pessoas foram detidas desde o golpe de Estado, de acordo com o balanço da Associação de Auxílio a Presos Políticos (AAPP) da Birmânia.

Os militares justificaram o golpe de Estado por causa das alegadas fraudes eleitorais na votação do passado mês de novembro que deu a vitória a Aung San Suu Kyi.

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