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Presidente afegão pretende eleições antecipadas mas talibãs rejeitam

O Presidente afegão, Ashraf Ghani, admite propor a realização de eleições presidenciais daqui a seis meses, disseram fontes governamentais à AFP, mas as forças talibãs rejeitaram de imediato o plano de Cabul. 

Presidente afegão pretende eleições antecipadas mas talibãs rejeitam
Notícias ao Minuto

10:51 - 24/03/21 por Lusa

Mundo Eleições

De acordo com a France-Presse, citando fontes governamentais afegãs que pediram anonimato, a proposta vai ser apresentada em abril durante uma reunião na Turquia em que os Estados Unidos esperam relançar o processo de paz para o Afeganistão.  

"O Governo está a trabalhar sobre um plano que prevê a realização de eleições presidenciais antecipadas", disse uma das fontes à AFP sublinhando que, "para o plano se concretizar, os talibã devem aceitar o cessar-fogo em todo o país".

O Presidente Ghani deve apresentar igualmente uma alternativa à opção de um Governo de transição que inclua elementos talibã, sugerida por Washington e aprovada pela Rússia, mas rejeitada pelo chefe de Estado do Afeganistão.

Os talibãs mostraram-se imediatamente contra a eventual realização de novas eleições.

Ghani foi reeleito como chefe de Estado na votação de 2019, tendo os resultados sido contestados por várias forças políticas. 

"Estes processos (eleitorais) levaram o país à beira da crise, no passado", disse hoje Zabihullah Mujaid, porta-voz talibã, à AFP.

"Eles (governo) estão a falar de um processo que sempre foi escandaloso. Nós nunca o iremos apoiar", acrescentou o porta-voz dos talibãs.

Zabihullah Mukaid disse ainda que o futuro institucional do país deve ser decidido no quadro das negociações de paz entre afegãos. 

O presidente norte-americano, Joe Biden, deve decidir se retira totalmente até ao dia 01 de maio as tropas dos Estados Unidos expedicionárias no Afeganistão, tal como foi estabelecido em fevereiro de 2020 nas negociações de Doha.

Joe Biden já afirmou que o "prazo vai ser difícil de cumprir" o que levou os talibãs a responsabilizarem os Estados Unidos pelas eventuais "consequências".

Leia Também: NATO reafirma compromisso com missão no Afeganistão mesmo sem decisão

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