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Moscovo e Pequim criticam política do Ocidente em matéria de vacinas

Os chefes da diplomacia russa e chinesa criticaram hoje a política do Ocidente em matéria de vacinas contra a covid-19, demarcando-se de qualquer acusação de "oportunismo" e sublinhando que procuram apenas "salvar vidas".

Moscovo e Pequim criticam política do Ocidente em matéria de vacinas
Notícias ao Minuto

11:01 - 23/03/21 por Lusa

Mundo Covid-19

As críticas surgem numa altura em que existe tensão em torno da aprovação da vacina russa Sputnik V na União Europeia, com a Rússia a acusar Bruxelas de retardar deliberadamente o processo.

Bruxelas, por sua vez, acusa Moscovo e Pequim de "usar vacinas para fins de propaganda".

"Os ocidentais estão a tentar retratar a Rússia e a China como uma espécie de oportunista no campo da chamada diplomacia de vacinas. Isso não é verdade, em absoluto", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergueï Lavrov, em visita oficial à China.

A política de vacinas, acrescentou, deve ser "guiada por considerações de humanismo, pelo interesse de salvar vidas, e não por considerações geopolíticas ou abordagens comerciais para superar a concorrência".

"Em vez de dizer que a China planeia conduzir uma espécie de diplomacia de vacinas, seria melhor dizer que a China está atualmente a praticar uma ação humanitária", disse o seu homólogo chinês, Wang Yi.

O ministro referiu que a intenção da China é, desde o início, "permitir que o maior número possível de pessoas receba a vacina o mais rápido possível", disse.

O Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha denunciado na segunda-feira as "estranhas" declarações do comissário europeu Thierry Breton, que disse que a Europa "não precisa" da vacina russa contra a covid-19.

Numa altura em que está a ser avaliado um pedido de aprovação pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA), um grupo de especialistas da agência é esperado na Rússia em 10 de abril para estudar os ensaios clínicos realizados para a Sputnik V, segundo o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko.

Vários Estados-membros da União Europeia, incluindo a Hungria, já recorreram às vacinas russas e chinesas ainda não aprovadas pelo regulador europeu.

Leia Também: Moscovo e Pequim alinham posições no quadro do Conselho de Segurança

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