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Jovem mata pais em Itália. "O pai disse que eu era um falhado. Calei-o"

Canal de televisão italiano revela confissão do crime que aconteceu em janeiro. Um dos corpos ainda está desaparecido.

Jovem mata pais em Itália. "O pai disse que eu era um falhado. Calei-o"
Notícias ao Minuto

17:56 - 20/03/21 por Notícias ao Minuto

Mundo Homicídio

O amor pelo filho custou a vida ao casal de professores Laura Perselli e Peter Neumair. Apesar de terem sido avisados pelos psiquiatras e médicos do jovem, de 30 anos, que este podia tornar-se violento, devido a um transtorno mental, os italianos recusaram-no entregá-lo a uma instituição. Passado algum tempo, no dia 4 de janeiro, foram mortos.

O caso, que continua a chocar Itália, apesar de já terem passado quase três meses, tem contornos macabros e quase todos os dias são revelados novos pormenores. Esta sexta-feira, a Rete 4, revelou trechos do relatório da confissão de Benno Neumair.

De acordo com o canal de televisão italiano, o alegado homicida contou que na tarde do dia 4 de janeiro discutiu com o pai sobre quem deveria levar o cão da avó a passear e que este exigiu que o filho ajudasse mais em casa.

“Fui para o meu quarto para não ter de discutir mais. Liguei o computador para fazer umas aulas do curso de segurança no trabalho e depois vi Netflix. Acabei por adormecer, porque estava muito cansado”.

Entretanto, Laura saiu de casa e Peter terá voltado a confrontar o filho. “O meu pai entrou no meu quarto e começou a discutir comigo sobre dinheiro”, disse.

Ainda segundo Benno, o pai terá disto que este não valia nada, comparando-o com a irmã “autónoma e independente”.

“Senti-me tão encurralado, tão mal e sem saída. Mesmo depois de me ter refugiado no meu quarto, para estar em paz, em silêncio, ele veio atrás de mim e disse que eu era um falhado”, revelou o jovem, acrescentando que foi aí que matou o pai.

“Eu calei-o. Peguei na primeira corda de escalada que encontrei, que estava junto às minhas ferramentas, no corredor e caímos no chão. Não sei se o asfixiei pela frente ou por trás. Só me lembro de apertar com muita força. A seguir fiquei sentado no corredor. A minha mãe chegou e eu tive de a estrangular também”, lê-se no relatório dos investigadores, segundo a Rete 4.

Já o 20 Minuten, revelou, esta semana, que Laura tinha sido informada várias vezes, por diversos terapeutas, que o filho podia tornar-se muito agressivo e que devia mesmo dormir com o quarto trancado.

A certa altura, Benno foi mesmo internado numa clínica alemã, com “esquizofrenia paranóide”. Mais recentemente, em julho de 2020, os pais tiveram de chamar as autoridades devido a outro episódio violento.

Apesar de tudo isto, Laura e Peter recusaram-se sempre a internar Benno.

De acordo com o mesmo site italiano, as autoridades acreditam que o jovem já estava a planear o duplo homicídio há muito tempo, não só porque tinha a corda de escalada à mão, como pelo facto de ter limpado “imaculadamente” o local do crime e ainda ter dito à namorada, Martina, que à noite a ia visitar com o carro dos pais, algo do qual estava proibido.

Recorde-se que, após matar os pais, Benno lançou os corpos destes da Ponte di Vadena, em Bolzano. Um mês e dois dias depois, a 6 de fevereiro, os restos mortais de Laura foram descobertos em Adige, perto da vila de Neumarkt, a cerca de uma hora de distância do local onde ocorreram os assassinatos.

Já o corpo de Peter continua desaparecido.

Leia Também: Cinco suspeitos de homicídio detidos pela PJ com apoio de Espanha

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