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Japão deteta contratorpedeiro chinês próximo do seu território

O Ministério da Defesa do Japão informou hoje que um contratorpedeiro chinês capaz de disparar mísseis de cruzeiro de longo alcance foi detetado, pela primeira vez, próximo das suas águas territoriais, juntamente com outros dois vasos de guerra.

Japão deteta contratorpedeiro chinês próximo do seu território
Notícias ao Minuto

06:22 - 20/03/21 por Lusa

Mundo Japão

O contratorpedeiro da classe Renhai, dos mais modernos e de maiores dimensões da Marinha de Guerra chinesa, foi detetado por dois navios das Forças de Auto-Defesa japonesas e por um avião de reconhecimento P-3C, cerca de 250 quilómetros a sudoeste da cidade de Tsushima, na quinta-feira, adiantou o Ministério, citado pela agência Kyodo.

Os navios dirigiram-se para o Mar do Japão, sem que se tenham registado incidentes entre as forças dos dois países, referiu a mesma fonte. 

Lançados em 2020, os contratorpedeiros da classe Renhai têm capacidade de lançar mísseis-cruzeiro de longo alcance, bem como mísseis supersónicos anti-navio. 

O Exército de Libertação do Povo chinês efetua este mês exercícios navais em vários pontos do Mar do Sul da China, enquanto forças norte-americanas também prosseguem exercícios na região.  

A televisão estatal CCTV noticiou também a realização de outros exercícios no Mar Amarelo, próximo da Península da Coreia, e Mar da China Oriental, próximo do Japão, pelos comandos navais Norte, Leste e Sul. 

Sem referência às datas ou meios utilizados nos exercícios, as imagens da CCTV mostram uso de mísseis anti-navais e anti-aéreos, operações logísticas e de reabastecimento em alto mar.

O jornal oficial chinês Global Times noticiou no início de março que os exercícios têm lugar numa altura em que "os Estados Unidos recomeçaram a conduzir operações de reconhecimento nas regiões costeiras chinesas".

Segundo o centro de análise chinês SCSPI, que monitoriza atividade militar no Mar do Sul da China, nas últimas semanas foi identificada a presença na região de diversos tipos de aviões de reconhecimento norte-americanos, incluindo um drone MQ-4C, um avião de vigilância EP-3E e um aparelho de reconhecimento estratégico RC-135U. 

Ponto de passagem de algumas das principais rotas comerciais entre a Ásia e o resto do mundo, as águas do Mar do Sul da China são disputadas por países como as Filipinas, Malásia, Brunei, Indonésia, Singapura e Vietname.

No início de fevereiro, as Marinhas chinesa e norte-americana estiveram envolvidas num incidente com o contratorpedeiro USS John S. McCain no Mar do Sul China. 

Depois de o Exército de Libertação do Povo chinês ter reclamado a expulsão do ´destroyer´ norte-americano no arquipélago das Paracel - reclamado por diversos países da região - a Marinha norte-americana disse que o navio "jamais foi perseguido para fora do território de um outro país".

A passagem do contratorpedeiro Renhai junto ao Japão aconteceu dois dias depois de o secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e o chefe do Pentágono (Departamento de Defesa), Lloyd Austin, escalarem o Japão, para a primeira etapa de uma viagem destinada a reforçar os laços dos Estados Unidos da América (EUA) com os seus aliados naquela região perante a crescente influência da China.

Numa declaração conjunta após conversações com os seus homólogos japoneses, Toshimitsu Motegi e Nobuo Kishi, respetivamente, os representantes norte-americanos alertaram que "o comportamento da China, quando inconsistente com a ordem internacional existente, apresenta desafios políticos, económicos, militares e tecnológicos".

Em reação, Pequim afirmou que a declaração conjunta "ataca de modo malicioso" a política externa da China e que é "um claro exemplo de conluio entre os EUA e o Japão para interferir nos assuntos internos da China", acrescentou o porta-voz.

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