Mediação da União Europeia para crise política na Geórgia sem resultados
A mediação da União Europeia entre os partidos no poder e da oposição da Geórgia terminou sem soluções sobre a crise política que afeta o país desde o ano passado, adiantaram esta sexta-feira fontes oficiais.
© Getty Images
Mundo Geórgia
A Geórgia, país do Cáucaso que aspira a adesão ao bloco europeu, enfrenta um impasse político depois de a oposição ter acusado a existência de fraudes nas eleições legislativas realizadas em outubro de 2020.
A situação agravou-se depois de a polícia ter ocupado, no final do mês passado, a maior parte das sedes do Movimento de União Nacional (MNU), principal partido da oposição, fundado pelo ex-presidente Mikail Saakachvili.
Na mesma altura o atual líder da oposição, Nika Melia, foi preso e ainda não foi libertado.
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, deslocou-se a Tbilissi no princípio de março tendo iniciado conversações entre o governo e os partidos da oposição.
Christian Danielsson, diplomata sueco, responsável direto pela mediação propôs uma série de reformas eleitorais e judiciais assim como a libertação dos membros da oposição que se encontram presos.
O diplomata apresentou igualmente um plano para a realização de eleições legislativas antecipadas.
"Existem importantes progressos sobre alguns aspetos do plano" para sair da crise, indicou Danielsson aos jornalistas acrescentando que "sobre outros problemas há menos progressos".
O mediador disse ainda que vai regressar hoje a Bruxelas para apresentar um relatório sobre a situação no país e o impasse negocial.
A oposição acusou o partido no poder de estar a sabotar as negociações pondo em perigo as relações entre o país e a União Europeia.
"O partido no poder pediu revisões ao projeto proposto por Danielsson fazendo com que fosse impossível um acordo", disse à France Presse Salomé Samadachvilli, do MNU.
De acordo com a mesma responsável, o Sonho Georgiano - Partido da Democracia, no governo, "fechou a porta à Europa desapontando o povo da Geórgia".
Irakli Kobakhidze líder do Sonho - Partido da Democracia acusou a oposição de ter lançado um "ultimato hostil contra o Estado".
"Nós rejeitamos os pedidos para as eleições antecipados e a libertação daqueles que chamam 'prisioneiros políticos'", disse Kobakhidze aos jornalistas hoje em Tbilissi.
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