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Mediação da União Europeia para crise política na Geórgia sem resultados

A mediação da União Europeia entre os partidos no poder e da oposição da Geórgia terminou sem soluções sobre a crise política que afeta o país desde o ano passado, adiantaram esta sexta-feira fontes oficiais. 

Mediação da União Europeia para crise política na Geórgia sem resultados
Notícias ao Minuto

14:38 - 19/03/21 por Lusa

Mundo Geórgia

A Geórgia, país do Cáucaso que aspira a adesão ao bloco europeu, enfrenta um impasse político depois de a oposição ter acusado a existência de fraudes nas eleições legislativas realizadas em outubro de 2020.  

A situação agravou-se depois de a polícia ter ocupado, no final do mês passado, a maior parte das sedes do Movimento de União Nacional (MNU), principal partido da oposição, fundado pelo ex-presidente Mikail Saakachvili.

Na mesma altura o atual líder da oposição, Nika Melia, foi preso e ainda não foi libertado. 

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, deslocou-se a Tbilissi no princípio de março tendo iniciado conversações entre o governo e os partidos da oposição. 

Christian Danielsson, diplomata sueco, responsável direto pela mediação propôs uma série de reformas eleitorais e judiciais assim como a libertação dos membros da oposição que se encontram presos.

O diplomata apresentou igualmente um plano para a realização de eleições legislativas antecipadas. 

"Existem importantes progressos sobre alguns aspetos do plano" para sair da crise, indicou Danielsson aos jornalistas acrescentando que "sobre outros problemas há menos progressos". 

O mediador disse ainda que vai regressar hoje a Bruxelas para apresentar um relatório sobre a situação no país e o impasse negocial.

A oposição acusou o partido no poder de estar a sabotar as negociações pondo em perigo as relações entre o país e a União Europeia. 

"O partido no poder pediu revisões ao projeto proposto por Danielsson fazendo com que fosse impossível um acordo", disse à France Presse Salomé Samadachvilli, do MNU.

De acordo com a mesma responsável, o Sonho Georgiano - Partido da Democracia, no governo, "fechou a porta à Europa desapontando o povo da Geórgia".

Irakli Kobakhidze líder do Sonho - Partido da Democracia acusou a oposição de ter lançado um "ultimato hostil contra o Estado". 

"Nós rejeitamos os pedidos para as eleições antecipados e a libertação daqueles que chamam 'prisioneiros políticos'", disse Kobakhidze aos jornalistas hoje em Tbilissi. 

Leia Também: NATO pede ao governo da Geórgia que trabalhe com a oposição

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