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Embaixadas em Belgrado alertam para ataques à imprensa na Sérvia

Várias embaixadas ocidentais em Belgrado, na Sérvia, expressaram hoje preocupação em relação a uma campanha de "intimidação" perpetrada pelos órgãos de comunicação sérvios a favor do Governo e de deputados contra jornalistas e organizações não-governamentais (ONG).

Embaixadas em Belgrado alertam para ataques à imprensa na Sérvia
Notícias ao Minuto

23:50 - 18/03/21 por Lusa

Mundo Sérvia

Nas últimas semanas, jornalistas do KRIK, órgão de comunicação social dedicado ao jornalismo de investigação, foram acusados por tabloides e estações de televisão associadas ao Governo de estarem vinculados a um gangue criminoso cujos elementos foram recentemente presos.

Em simultâneo, vários elementos, incluindo deputados, do Partido do Progresso da Sérvia -- de que faz parte o Presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic -- acusaram várias ONG de serem organizações "criminosas", revelando detalhes pessoas dos funcionários destas instituições.

Os jornalistas "foram pessoalmente criticados, ao ponto de a sua segurança ser comprometida", dá conta uma publicação na rede social Twitter da embaixada de França em Belgrado.

"Os media e a sociedade civil só podem fazer o seu trabalho crucial se foram respeitadas e puderem operar livremente sem ameaças ou intimidação", referiu a embaixada da Bélgica, posição que coincidiu com a preocupação expressada pelas representações diplomáticas dos Estados Unidos da Américas (EUA) e dos Países Baixos.

O assunto não é novidade. Várias associações sérvias e internacionais que lutam pela liberdade de imprensa alertam regularmente para a deterioração da situação dos jornalistas neste país, que é candidato à integração na União Europeia (UE).

O KRIK publica frequentemente investigações sobre o crime organizado, nomeadamente, o gangue que foi desmantelado no início de fevereiro. A plataforma de jornalismo de investigação referiu nos trabalhos publicados ligações entre este grupo e várias figuras políticas e ligadas às forças de segurança.

"Somos os únicos que realizámos inúmeras investigações, explicando e documento de diferentes maneiras como o Estado protegeu os elementos deste grupo", explicitou o KRIK, em comunicado citado pela France-Presse (AFP).

Na quarta-feira, o responsável da delegação europeia na Sérvia, Sem Fabrizi, apelou ao Presidente da Sérvia "para melhorar a atmosfera no país", de modo a "permitir que os órgãos de comunicação e à sociedade civil trabalharem sem interrupções".

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