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Hong Kong: EUA sancionam mais 24 funcionários devido à repressão política

Os Estados Unidos sancionaram mais 24 funcionários chineses e de Hong Kong devido à repressão de Pequim contra as liberdades políticas na antiga colónia britânica.

Hong Kong: EUA sancionam mais 24 funcionários devido à repressão política
Notícias ao Minuto

07:42 - 17/03/21 por Lusa

Mundo Hong Kong

As sanções seguiram-se às alterações à lei eleitoral de Hong Kong, aprovadas pelo órgão máximo legislativo da China, dando ao comité pró-Pequim em Hong Kong o poder de indicar mais legisladores na cidade, reduzindo assim o número de representantes eleitos pelos residentes.

O anúncio foi feito durante uma visita do secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, e do secretário da Defesa, Lloyd Austin, ao Japão e à Coreia do Sul.

Entre os incluídos nas sanções estão Wang Chen, um dos 25 membros da elite do Politburo do Partido Comunista Chinês, e Tam Yiu-chung, delegado de Hong Kong na comissão permanente do parlamento chinês, que redigiu a lei de segurança nacional.

Vários oficiais da Divisão de Segurança Nacional de Hong Kong foram também sancionados, incluindo Li Kwai-wah, um superintendente sénior, bem como Edwina Lau, uma comissária adjunta da polícia de Hong Kong e chefe da divisão.

Enquanto estiveram em Tóquio, na terça-feira, os dois governantes proferiram uma declaração conjunta com os seus homólogos japoneses, expressando a sua preocupação com as violações dos direitos humanos de Pequim contra as minorias étnicas na região ocidental de Xinjiang e a determinação da China em alterar o estatuto de um grupo de ilhotas desabitadas administradas por Tóquio mas reivindicadas por Pequim.

Os dois chegaram hoje a Seul.

Na quinta-feira, Blinken e o conselheiro para a segurança nacional, Jake Sullivan, têm agendada a sua primeira reunião cara a cara com o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, e o chefe dos Negócios Estrangeiros do Partido Comunista Chinês, Yang Jiechi, em Anchorage, Alasca, nos Estados Unidos.

Os EUA afirmaram que será uma oportunidade inicial para abordar intensos desacordos sobre comércio e direitos humanos no Tibete, Hong Kong e Xinjiang, bem como sobre a pandemia.

Embora o Presidente norte-americano, Joe Biden, tenha procurado aliviar o tom duro que o seu antecessor adotou com a China, a sua administração parece empenhada em adotar também uma linha dura sobre estas questões.

A China rejeitou todas as críticas às suas políticas em relação a Hong Kong, acusando governos estrangeiros de interferência, e dizendo que era necessário retomar o controlo, após meses de protestos anti-governamentais em 2019.

Em junho passado, Pequim impôs à cidade uma lei de segurança nacional e as autoridades de Hong Kong detiveram a maioria dos proeminentes apoiantes da democracia e os críticos mais declarados ao Governo.

Muitos fugiram para o estrangeiro e renovaram esta semana os apelos aos membros da diáspora de Hong Kong para que continuem a lutar pelas liberdades prometidas à cidade após o fim do domínio colonial britânico, em 1997.

"Uma Hong Kong estável e próspera que respeite os direitos humanos, as liberdades e o pluralismo político serve os interesses de Hong Kong, da China continental e da comunidade internacional em geral", disse Blinken.

Os EUA já tinham sancionado 10 funcionários, desde outubro passado, incluindo a líder de Hong Kong, Carrie Lam, e o diretor-adjunto do Gabinete para os Assuntos de Hong Kong e Macau, Zhang Xiaoming.

As sanções proíbem as viagens aos EUA e bloqueiam relações com as instituições financeiras norte-americanas.

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