Segundo uma cópia do acordo, a que a agência noticiosa France-Presse (AFP), o código, de 25 pontos, prevê, em particular, a "penalização e interdição do uso de armas [...] durante as atividades eleitorais".
As eleições legislativas e presidenciais nos territórios palestinianos, as primeiras em 15 anos, estão marcadas, respetivamente, para 22 de maio e 31 de julho.
As partes palestinianas, entre elas o Hamas e a Fatah, assumiram em fevereiro passado, no Cairo, o compromisso de criar um Tribunal Eleitoral Independente para dirimir eventuais queixas e para fazer cumprir os resultados, a fim de evitar um cenário como o das eleições legislativas de 2006.
Na altura, a secular Fatah e os islamitas do Hamas entraram em confronto depois de disputas sobre os resultados das eleições.
A disputa levou a uma divisão de poder entre a Cisjordânia, onde fica a Autoridade Nacional Palestiniana, controlada pelo Fatah, e a Faixa de Gaza, sob liderança do Hamas.
"No Cairo vamos analisar questões-chave ligadas às eleições", afirmou Khalil al-Hayya, "número dois" do Bureau Político do Hamas, na Faixa de Gaza.
"Após as eleições legislativas, queremos formar um governo de unidade nacional, independentemente dos resultados. E preferimos que haja consenso sobre um único candidato nacional para as eleições presidenciais", disse segunda-feira Khalil al-Hayya.
No mesmo dia, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, o porta-voz do Presidente palestiniano referiu que Mahmoud Abbas não tem intenção de voltar atrás nas eleições, apesar das tensões internas na Fatah.
Na semana passada, o partido expulsou Nasser al-Kidwa, sobrinho do líder histórico Yasser Arafat e ex-chefe da diplomacia palestiniana, que questionou a liderança de Mahmoud Abbas.
Parentes de Marwane Barghouthi, o político palestiniano mais popular preso por violência há quase 20 anos em Israel, disseram recentemente à agência noticiosa France-Presse (AFP) que este último poderia apoiar outra lista que não a da Fatah, e ser candidato à Presidência enfrentando Abbas.
"Nunca escondemos o nosso desejo de trabalhar com Marwan Barghouthi. Se ele for um candidato à presidência, prometo não concorrer e a apoiá-lo. Se quiser estar na minha lista, ele está livre", disse hoje Al-Kidwa.
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