A organização não-governamental tinha referido antes a morte de 12 soldados, no que a agência estatal SANA referiu como um "ataque terrorista" contra "um autocarro transportando militares". A agência fala de mortos e feridos sem quantificar.
Berço do levantamento contra o regime do Presidente Bashar al-Assad em 2001, a província de Deraa é regularmente abalada por atentados e ataques contra forças do regime desde que foi reconquistada em 2018.
Segundo o OSDH, hoje, homens armados "atacaram dois camiões militares e dois autocarros que transportavam forças do regime na sua passagem pela aldeia de Mzirib".
Além dos 21 mortos, a organização dá conta de sete feridos entre os militares.
O destacamento estava a caminho para deter um antigo comandante rebelde, procurado por Damasco e acusado de ter realizado um ataque mortal contra polícias o ano passado, disse o diretor do OSDH, Rami Abdel Rahmane.
Os atacantes estão ligados ao ex-comandante rebelde e agiram para evitar a prisão do seu líder, explicou, acrescentando que os dois lados se envolveram numa luta e que foram enviados reforços do exército.
O sul sírio foi recuperado no verão de 2018 pelas forças governamentais e o seu aliado russo, que impuseram aos rebeldes acordos designados de reconciliação, mas que se assemelhavam mais à rendição depois de ofensivas mortais.
As forças pró-regime, mas também civis que trabalham com instituições estatais são regularmente alvo de ataques ou assassínios dirigidos.
Esta região é a única de onde os rebeldes não desertaram em massa, devido a um acordo, e continuam a controlar algumas zonas. Por outro lado, as forças armadas não estão destacadas em toda a província.
Segundo o OSDH, a guerra na Síria, que entrou no seu 11.º ano na segunda-feira, já causou mais de 388.000 mortos e obrigou milhões a abandonarem as suas casas.
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