Conservadores bávaros temem derrota da coligação nas eleições na Alemanha
Os conservadores bávaros alertaram hoje para uma possível derrota da sua coligação nas eleições gerais de setembro próximo, após o golpe sofrido pela aliada União Democrata Cristã (CDU) nas eleições regionais de domingo, que Os verdes e os sociais-democratas venceram.
© Facebook/ Markus Soder
Mundo Alemanha
"Os resultados de domingo foram um duro golpe no coração da União", disse o líder da União Social-Cristã da Baviera (CSU), Markus Söder.
A derrota no Estado de Bade-Vurtemberga é "especialmente dolorosa", acrescentou Söder.
O Estado de Bade-Vurtemberga, vizinho da Baviera e onde vários consórcios industriais alemães têm as suas sedes, esteve por décadas sob domínio conservador, até 2011, quando foi assumido pelos Verdes.
O secretário-geral da CDU, Paul Ziemiak, garantiu hoje, após admitir a "dolorosa derrota" da noite de domingo, que o calendário para as eleições gerais previsto seria mantido e que a nomeação do candidato será depois da Páscoa.
A CDU, da chanceler Angela Merkel, teve no domingo uma queda para mínimos históricos nos resultados das eleições regionais, tanto no Estado de Bade-Vurtemberga (sul) como na Renânia-Palatinado (oeste), com 24,1% e 27,2% dos votos respetivamente.
Segundo as sondagens, os Verdes venceram em Bade-Vurtemberga, com 31,5% dos votos, e os sociais-democratas (SPD) fizeram-no na Renânia Palatinado, com 33,5.
As votações de domingo para as novas legislaturas estaduais nos Estados de Bade-Vurtemberga e Renânia-Palatinado deram início a uma maratona eleitoral que culmina nas eleições legislativas em 26 de setembro. A votação nacional (legislativas) determinará quem sucederá a Merkel.
Os maus resultados dos conservadores de Angela Merkel podem estar relacionados com o descontentamento causado pelo início lento da campanha de vacinação na Alemanha contra o covid-19, com as restrições impostas devido à propagação do vírus e com a nova subida de novos casos positivos, a par de um recente escândalo financeiro devido a alegações de que dois políticos no poder lucraram em negócios para adquirir máscaras no início da pandemia.
Trata-se de um momento difícil para o novo líder da CDU, Armin Laschet, que enfrenta o seu primeiro grande teste desde que foi eleito em janeiro, enquanto o centro-direita pondera quem deve concorrer para substituir Merkel como chanceler da Alemanha.
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