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Rebeldes Huthis voltam a atacar aeroporto internacional de Abha

Os rebeldes Huthis no Iémen voltaram hoje a atacar com três drones o aeroporto internacional de Abha, no sudoeste da Arábia Saudita, e uma base militar próxima e alegaram ter alcançado os seus objetivos.

Rebeldes Huthis voltam a atacar aeroporto internacional de Abha
Notícias ao Minuto

09:21 - 15/03/21 por Lusa

Mundo Huthis

Por sua vez, a coligação árabe que intervém no Iémen indicou que as defesas aéreas sauditas intercetaram pelo menos um dos drones.

"Graças a Deus, a Força Aérea conseguiu realizar uma operação contra alvos militares no Aeroporto Internacional de Abha e na base aérea King Khaled, em Jamis Mushait, com três drones Qasef 2K e o impacto foi preciso", escreveu o porta-voz, Yahya Sarea, na sua conta no Twitter.

De Riade, o porta-voz saudita da coligação militar árabe que luta contra o movimento xiita no Iémen, Turki al Malki, disse que conseguiram intercetar e destruir uma "bomba drone dirigida a alvos civis na cidade de Jamis Mushait".

Esses ataques explosivos de drones e mísseis contra a Arábia Saudita são comuns desde que a coligação árabe interveio na guerra que começou no Iémen em 2014 para apoiar o Governo internacionalmente reconhecido, que foi expulso da capital, Sana'a, pelos Huthis, um movimento xiita apoiado pelo Irão.

O aeroporto de Abha, a cerca de 100 quilómetros da fronteira com o Iémen, é um dos alvos mais comuns, embora habitualmente não se registem vítimas ou danos.

No entanto, em 10 de fevereiro, um avião de passageiros sofreu um incêndio devido ao impacto de um drone. Não se registaram vítimas.

Os Huthis intensificaram os seus ataques a alvos no sul da Arábia Saudita desde que o governo do novo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou no início de fevereiro que estava a retirar apoio às ações ofensivas da coligação no Iémen.

Os ataques com mísseis e drones carregados de explosivos atingiram o pico entre 05 e 07 de março, com o lançamento de várias dezenas de aparelhos, dois dos quais tiveram como alvo o porto oriental de Ras Tanura e as instalações da companhia petrolífera Aramco.

Desde então, a situação tinha acalmado nessa frente, mas não no terreno, onde os rebeldes e as tropas governamentais ativaram três frentes nas últimas semanas.

O conflito no Iémen começou em meados de 2014 quando os Huthis tomaram a capital, Sanaa, e ocuparam depois grande parte do norte.

Em 2015, uma coligação internacional liderada pela Arábia Saudita juntou-se ao governo iemenita reconhecido internacionalmente para combater os rebeldes xiitas.

Cerca de 130.000 pessoas, a maioria civis, morreram desde o início da guerra, que gerou o pior desastre humanitário do mundo, segundo a ONU.

Leia Também: 43 imigrantes etíopes mortos em incêndio num centro de detenção do Iémen

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