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Conselho de Direitos Humanos quer que Egito deixe de perseguir oposição

O Egito deve deixar de utilizar a legislação antiterrorista para perseguir os opositores ao regime, defensores do direitos humanos e jornalistas mantidos em prisão preventiva, exigiu hoje o Conselho dos Direitos Humanos da ONU.

Conselho de Direitos Humanos quer que Egito deixe de perseguir oposição
Notícias ao Minuto

12:28 - 12/03/21 por Lusa

Mundo Egito

Os 31 países que votaram a favor da exigência demonstram "profunda inquietação no que diz respeito ao uso da legislação antiterrorista contra os ativistas dos direitos humanos, membros da comunidade LGBTI, políticos e advogados", refere a mensagem difundia através de um vídeo e que foi lida pela embaixadora da Finlândia em Genebra, Kristi Kauppi.

O texto menciona, em particular, o caso de uma importante associação de defesa dos direitos humanos - Iniciativa Egípcia dos Direitos Pessoais (EIPR) - cujos elementos foram presos em 2020 acusados de terrorismo após um encontro com embaixadores estrangeiros, no Cairo. 

As prisões foram alvo de pressões internacionais tendo os membros do organismo sido libertados.

A embaixadora pediu também às autoridades para "acabarem com os longos períodos de prisão preventiva contra os ativistas da sociedade civil em nome da legislação contra o terrorismo".

O texto pede ainda a libertação de todos os jornalistas que se encontram presos.

De acordo com organizações não-governamentais, no Egito há 60 mil pessoas presas por delito de opinião.

Após a destituição do Presidente Mohamed Morsi pelo Exército, em 2013, verificou-se uma vaga de repressão contra todas as formas de oposição: política, islâmica ou liberal. 

Os países signatários pretendem também que a lei sobre as organizações não-governamentais, adotada em 2019, seja corretamente aplicada para poder facilitar o trabalho dos próprios organismos, disse um diplomata que participou na elaboração do texto. 

Kevin Whelan, representante da Amnistia Internacional em Genebra, disse que esta declaração internacional "é uma mensagem clara e dirigida às autoridades egípcias de que o mundo não vai fechar os olhos perante as campanhas para neutralizar a oposição pacífica", no país.

Leia Também: Turquia anuncia retoma das ligações diplomáticas com o Egito

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