OIM pede acesso humanitário às vítimas de um incêndio na capital do Iémen
A Organização Internacional para as Migrações (OIM) pediu acesso humanitário urgente aos migrantes feridos num incêndio, no domingo, no centro de retenção da capital do Iémen, controlada pelas forças houthis.
© Reuters
Mundo Iémen
De acordo com a OIM,170 pessoas ficaram feridas no incêndio, algumas em estado grave sendo que ainda não é possível confirmar o número de mortos.
O incêndio deflagrou num armazém perto do edifício principal do centro que se encontrava "lotadocom mais de 900 migrantes", a maior parte cidadãos de origem etíope.
Mais de 350 pessoas encontravam-se a viver junto do principal foco do incêndio.
"A OIMexige acesso humanitário urgente aos migrantes feridos no incêndio de domingo no centro de Sanaa", disse hoje a organização através de um comunicado.
No mesmo documento, a OIM apela igualmente "à libertação de todos os migrantes detidos no país" e que seja garantido o acesso a "instalaçõescom segurança".
"A causa do incêndio ainda não foi confirmada mas o impacto (das chamas) é horrível", disse a diretora da OIM para o Médio Oriente e África do Norte, CarmelaGodeau.
"As equipas humanitárias e os profissionais de saúde devem ser autorizados a aceder (aos hospitais e ao centro) para auxiliar as pessoas afetadas pelo incêndio", insistiu.
A OIMrecorda que "todas as pessoas do Iémen, incluindo os migrantes, devem beneficiar de proteção e segurança por parte das autoridades do território".
No Iémen a guerra prolonga-se há mais de seis anos.
O país serve de corredor de trânsito dos cidadãos do Corno de África que pretendem alcançar a Arábia Saudita em busca de emprego.
A cidade de Sanaa, assim como uma grande parte do norte do país, é controlado pelos houthis, rebeldes apoiados pelo regime do Irão e que combatem as forças governamentais apoiadas militarmente pela Arábia Saudita.
Os houthis são frequentemente acusados de impedir o trabalho de organizações não-governamentais no território que controlam sendo que o país enfrenta uma das mais profundas crises humanitárias do mundo.
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