"[A UE] condena os últimos ataques com mísseis e aparelhos aéreos não tripulados ['drones'] contra o reino da Arábia Saudita reivindicados por Ansar Allah e segue de perto, com preocupação, os ataques da coligação contra Sanaa", disse um porta-voz do Serviço Europeu de Ação Exterior (SEAE), ao ler um comunicado.
Domingo, a coligação árabe contra os Huthis lançou um ataque aéreo sobre a capital iemenita, controlada pelos rebeldes, em resposta ao intenso lançamento de explosivos através de 'drones' pelos insurgentes durante o fim de semana contra instalações vitais na Arábia Saudita.
"Os ataques contra civis são inaceitáveis. A UE exorta todas as partes no conflito do Iémen a concordarem com um cessar-fogo sem demora", disse o porta-voz da comunidade, que pediu que não sejam minados os esforços recentes da comunidade internacional para se alcançar uma solução pacífica para o conflito.
A UE, lembrou, continua a apoiar e a trabalhar com o enviado especial da ONU para se chegar a uma solução política, reanimar uma economia iemenita paralisada e prestar assistência à população, "que sofre a maior crise humanitária do mundo".
Os rebeldes Huthis têm intensificado os ataques com mísseis e com 'drones' contra a Arábia Saudita desde que, no início de fevereiro, os Estados Unidos anunciaram a retirada do apoio às ações ofensivas da coligação árabe.
As agressões intensificaram-se ainda mais desde sexta-feira passada com o lançamento de 16 'drones' que a coligação liderada por Riade indicou ter intercetado.
A Arábia Saudita envolveu-se no conflito no Iémen em 2015 em apoio ao governo internacionalmente reconhecido, que fora expulso da capital em finais de 2014.
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