"As investigações permitiram constatar - graças a uma ampla cooperação internacional - a proximidade do suspeito com os círculos radicais de inspiração 'jihadista'", anunciou hoje a polícia de Bari, no sul de Itália, num comunicado.
A investigação também estabeleceu a "atividade direta [do suspeito] de apoio aos autores dos atentados terroristas ao Bataclan, ao Estádio de França [em Saint-Denis] e aos ataques armados (...) ocorridos em Paris em 13 de novembro de 2015, aos quais forneceu documentos falsos", segundo a nota.
O jornal italiano La Repubblica identificou o suspeito como Athmane Touami, atualmente preso por posse de documentos falsos. O suspeito deveria sair da prisão em junho.
Ainda de acordo com o jornal, o argelino fazia parte de uma célula do EI que opera em França e na Bélgica, junto com seus dois irmãos.
O suspeito também teria tido contacto com Amedy Coulibaly e Chérif Kouachi, autores - com Saïd Kouachi - dos ataques de janeiro de 2015 contra o jornal satírico Charlie Hebdo, polícias e um mercado judeu.
O Ministério Público de Bari vai dar uma conferência de imprensa conjunta, hoje de manhã, com os investigadores do serviço contra o extremismo e o terrorismo estrangeiro da polícia nacional e o grupo de operações especiais (Digos) de Bari.
A 13 de novembro de 2015, três grupos de terroristas, cada um com nove elementos, atacaram vários pontos de Saint-Denis e da capital francesa, nomeadamente esplanadas de restaurantes, o Estádio de França e a sala de espetáculos Bataclan. Nestes atentados morreram 130 pessoas e mais de 350 pessoas ficaram feridas.
As consequentes investigações permitiram descobrir uma célula jihadista muito maior por trás dos ataques, com ramificações por toda a Europa, principalmente na Bélgica.
Leia Também: Itália soma 20.765 casos diários com autoridades a temerem nova vaga