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Ambientalistas e empresas pedem à UE hidrogénio verde para navios

Ambientalistas e empresas pediram à Comissão Europeia a promoção do uso de hidrogénio verde e amónia nos navios, através da legislação que está a ser preparada sobre combustíveis marítimos, foi hoje anunciado.

Ambientalistas e empresas pedem à UE hidrogénio verde para navios
Notícias ao Minuto

15:15 - 06/03/21 por Lusa

Mundo Comissão Europeia

Numa carta enviada ao vice-presidente da Comissão Europeia, Frans Timmermans, e a três comissários, ambientalistas e empresas consideraram que o hidrogénio verde (produzido através de energias renováveis) e amónia "são o futuro da navegação", e lembraram que na Europa o transporte marítimo é responsável por cerca de 13% das emissões de gases com efeito de estufa.

A Comissão Europeia lança em abril a iniciativa FuelEU, que tem como objetivo aumentar o uso de combustíveis alternativos mais sustentáveis na navegação e nos portos europeus.

A carta foi enviada pela Federação Europeia de Transportes e Ambiente (T&E, na sigla original) e por várias empresas de navegação e comércio marítimo, apontando os responsáveis que o hidrogénio verde e a amónia são combustíveis sustentáveis na navegação e passíveis de serem produzidos em quantidades suficientes para a descarbonizar.

Na carta, divulgada em Portugal num comunicado da associação ambientalista Zero, que faz parte da T&E, os subscritores também afirmam que "os biocombustíveis não oferecem uma alternativa sustentável para o transporte marítimo", porque os tradicionais "têm mais emissões implícitas do que os combustíveis fósseis", e os avançados, que poderão fazer reduzir as emissões, "não terão produção em quantidade suficiente".

A União Europeia, pedem, deve "enviar um sinal claro aos potenciais investidores para se concentrarem em hidrogénio e amónia baseados em eletricidade renovável".

"O hidrogénio verde e a amónia oferecem um futuro limpo para o setor do transporte marítimo. A UE deve por isso proporcionar à indústria marítima a confiança necessária para os investimentos requeridos, exigindo aos operadores marítimos do comércio europeu esta mudança progressiva", diz a T&E, que agrupa organizações ambientalistas na defesa de políticas sustentáveis para o setor dos transportes.

Francisco Ferreira, presidente da Zero, considera também, no comunicado, que a produção de hidrogénio verde e de amónia em Portugal, para descarbonizar a movimentação portuária, aliada à adaptação ou construção de navios movidos a esses combustíveis, "deve estar na frente das prioridades da implementação" da Estratégia Nacional para o Hidrogénio (aprovada no ano passado pelo Governo).

No comunicado diz-se que serão necessários, mundialmente, 1,4 biliões de euros em investimentos para produzir hidrogénio verde e amónia para a indústria naval em quantidade suficiente. E que ambos serão uma solução que representa "propulsão zero em carbono", além de que podem ser produzidos em quantidades virtualmente ilimitadas.

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