UE garante apoio às posições do Chipre nas negociações de abril
O Alto Representante da União Europeia para a Política Externa, Josep Borrell, frisou hoje no Chipre o apoio europeu às posições cipriotas gregas no quadro da conferência promovida pela ONU para o retomar do diálogo de paz.
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Mundo UE
"Esta visita pretende oferecer o apoio da União Europeia (UE) para se encontrar a forma de retomar as conversações sobre a questão cipriota e ajudar a pôr fim a este prolongado problema, segundo os parâmetros da ONU", disse Borrell à agência de notícias CNA, em Nicosia.
Borrell reuniu-se hoje com o presidente cipriota, Nikos Anastasiadis, oministro dos Negócios Estrangeiros, Nikos Jristodulidis, e com a missão das Nações Unidas no Chipre (UNFICYP) para discutir o papel europeu na conferência que deve acontecer entre 27 e 29 de abril em Genebra.
O encontro vai ter o formando 5+1: com as comunidades cipriotas e os países que garantem a independência da ilha, a Grécia, a Turquia e o Reino Unido, assim como a ONU e a União Europeia com o estatuto de observador.
O chefe da diplomacia europeia tem previsto reunir-se com o líder cipriota turco, ErsinTatar, que insiste na solução do Chipre em dois Estados, depois de ter rejeitado a linha unificadora do antecessor, MustafaAkinci.
Borrell assegurou que a UE vai acolher "apoio técnico e legal ao processo" tendo destacado que a solução "segundo os parâmetros da ONU tem um grande potencial de crescimento" para a economia cipriota.
As resoluções da ONU que são a base das negociações, preveem a criação de um Estado federal, com duas zonas e duas comunidades, surgido dos dois Estados constituintes: um cipriota grego e outro cipriota turco, com uma única soberania, cidadania e personalidade internacional.
A Turquia e ErsinTatardão por fracassado este modelo e apostam na criação de dois Estados independentes enquanto a União Europeia insiste que não vai aceitar dois Estados cipriotas.
"Devemos ter em conta que o Chipre é e vai continuar a ser membro da nossa União (Europeia) mesmo depois do acordo", afirmou Borrell.
O Chipre integra a UE desde maio de 2004, apesar de não ter ficado resolvida a ocupação do norte da ilha pelas tropas turcas desde 1974.
As competências comunitárias estão suspensas na zona, onde o governo da República do Chipre não tem controlo efetivo.
Por outro lado, Borrell condenou hoje a decisão por parte da Turquia e Tatarde abrir, contra as resoluções da ONU, o bairro costeiro de Varosha, depois de ter estado vedado durante 46 anos como zona militar e considerado "como um ponto-chave"do conflito na ilha.
Borrel e Anastasiades falaram também da próxima cimeira europeia de 25 e 26 de março onde, entre outros tópicos, vai ser tratada a questão das relações com a Turquia e a questão de Chipre.
"Vai ser uma oportunidade para que os líderes da UE reconsiderem as relações gerais com a Turquia e determinem os próximos passos", sublinhou Borrell.
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