Pais de autistas não foram vacinados. "Não são deficientes o suficiente"
Caso aconteceu no Reino Unido, onde o plano de vacinação dá prioridade a famílias com filhos com algum tipo de deficiência.
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Mundo Covid-19
Os pais de crianças com autismo estão revoltados porque os filhos não foram considerados “deficientes o suficiente” para receberem a vacina contra a Covid-19, no Reino Unido, garante o Daily Mail.
O jornal britânico dá conta de várias famílias às quais aconteceu esta situação, entre as quais estão Matt Robinson e a mulher, Suzanne, cujo filho Zac, de 10 anos, foi diagnosticado com autismo há vários anos.
De acordo com o casal, Suzanne recebeu uma carta a agendar, para dia 1 de março, a toma da primeira dose da vacina, no estádio Madejski.
Contudo, ao chegar ao local, os responsáveis mandaram a mulher embora, tal como fizeram com, pelo menos, outras 26 pessoas na mesma situação.
“Estão a brincar. Recebemos a carta, a minha mulher marcou a administração da vacina para segunda-feira. Somos pais cuidadores, é fundamental que recebamos a vacina, porque se apanharmos o vírus ninguém vai conseguir cuidar dele”, explicou Matt à publicação, acrescentando que se Zac apanhar Covid-19 e tiver de ser internado não vai ser capaz de “lidar com o equipamento médico”.
Ao regressar a casa, Suzanne ligou à linha de apoio à vacinação e foi informada que tinha ocorrido um erro no centro e que lhe deviam ter administrado a vacina.
Já outra pessoa que não quis ser identificada, revelou que um dos responsáveis do centro de vacinação disse mesmo que o filho não era “deficiente o suficiente” para que fosse administrada ao pai a vacina.
“Não sei se é um erro, mas precisamos de ser vacinados porque se ficarmos doentes, ou se os nossos filhos ficarem doentes, isso terá consequências muito graves”, sustentou o homem.
O centro de vacinação em questão já lamentou a situação e pediu a todos estes pais que não foram vacinados que entrem em contacto para agendar uma nova data.
“Lamentamos a angústia e o inconveniente vivido por estes pais. Pedimos que entrem em contacto novamente para agendar a vacinação. Vamos garantir o cumprimento das orientações estabelecidas pelo Comité de Vacinação”, escreveu o porta-voz, num comunicado enviado ao Daily Mail.
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