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PM de Cabo Verde espera "para breve" chegada de primeiras vacinas ao país

O primeiro-ministro cabo-verdiano disse hoje que as primeiras vacinas contra a covid-19 deverão chegar ao país em breve e afirmou que o processo deveria ser agilizado por causa do surgimento da variante do vírus detetada no Reino Unido. 

PM de Cabo Verde espera "para breve" chegada de primeiras vacinas ao país
Notícias ao Minuto

14:32 - 03/03/21 por Lusa

Mundo Covid-19

"Já estamos inscritos na Covax, temos informação de que estará para breve a chegada das primeiras vacinas a Cabo Verde, mas não posso dar uma data fixa que não depende apenas de Cabo Verde", afirmou Ulisses Correia e Silva.

Questionado na cidade da Praia no final da apresentação do projeto do Hospital Nacional de Cabo Verde, o chefe do Governo reafirmou que a chegada das vacinas "não depende apenas da vontade de Cabo Verde", mas sim da sua disponibilidade a nível internacional.

Para o primeiro-ministro, o processo "deveria ser agilizado" devido à confirmação na segunda-feira da circulação no país da variante do vírus SARS-CoV-2 detetada inicialmente no Reino Unido.

"Mas não depende apenas da nossa vontade e das nossas condições. Nós não produzimos vacinas, as vacinas vêm de fora, não temos um problema de financiamento para aquisição das vacinas, já há recursos disponíveis, temos é um calendário que está definido e que será concretizado e esperamos que seja o mais breve possível", concluiu Ulisses Correia e Silva.

De acordo com informação prestada à Lusa por fonte da Organização Mundial da Saúde (OMS), Cabo Verde vai receber 108.000 doses da vacina da AstraZeneca, produzidas na Índia, e 5.850 doses da Pfizer, ao abrigo da iniciativa Covax, mas os prazos de entrega ainda não estão oficialmente definidos.

A calendarização dessa entrega a Cabo Verde - oficialmente a acontecer até maio - ainda não está definida com "exatidão", mas no caso do arquipélago, as 108.000 doses da vacina da AstraZeneca serão provenientes dos laboratórios próprios e do instituto indiano Serum (maior produtor mundial), autorizado a produzir a mesma vacina.

Angola tornou-se na terça-feira no primeiro país de língua portuguesa em África a receber vacinas contra a covid-19 (624.000 doses) ao abrigo da Covax, iniciativa que visa garantir uma vacinação equitativa contra o novo coronavírus.

A plataforma Covax pretende entregar 90 milhões de doses de vacinas no continente africano até final deste mês. Até ao fim de maio, o planeamento prevê a entrega de 237 milhões de doses de vacinas da AstraZeneca e de 1,2 milhões de doses da vacina Pfizer.

Fundada pela OMS, em parceria com a Vaccine Alliance (Gavi, presidida pelo antigo primeiro-ministro português José Manuel Durão Barroso) e a Coalition for Epidemic Preparedness Innovations (Cepi), a Covax pretende garantir a vacinação a 20% da população de 200 países e tem acordos com fabricantes para o fornecimento de dois mil milhões de doses em 2021 e a possibilidade de comprar ainda mais mil milhões.

O ministro da Saúde cabo-verdiano afirmou em entrevista à Lusa em 25 de fevereiro que a taxa de cobertura anual de 20% do plano de vacinação contra a covid-19 é uma previsão técnica, garantindo ser possível imunizar pelo menos 35% da população este ano.

Arlindo do Rosário explicou que essa previsão de cobertura, que consta do plano -- apontando vacinar 60% da população até 2023 -, foi estabelecida com base na informação atual, face à falta de disponibilidade de vacinas global, e como precaução.

O governante acrescentou que através da plataforma Covax está prevista a disponibilização a Cabo Verde, este ano, de vacinas suficientes para imunizar 35% da população.

Arlindo do Rosário explicou que além da plataforma Covax, e do financiamento já garantido junto do Banco Mundial para a aquisição dessa quantidade de vacinas, o Governo cabo-verdiano está em negociações bilaterais analisando a "possibilidade de conseguir também a vacina extra plataforma".

O plano nacional de introdução e vacinação contra a covid-19 em Cabo Verde, aprovado em fevereiro pelo Governo, priorizou os profissionais de saúde, pessoas com doenças crónicas, idosos, professores, profissionais hoteleiros, ligados ao turismo e das fronteiras, polícias, militares e bombeiros.

Para o efeito, "será necessária a aquisição de 267.293 doses" da vacina para a população alvo prioritária, num total de 111.372 pessoas, "e pretende-se vacinar até 2023 um total de 60% da população, sendo 20% em 2021, 20% em 2022 e 20% em 2023".

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.549.910 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Cabo Verde regista 148 mortos e 15.483 casos de infeção.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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