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Operadora de jogo Sands deixa Las Vegas para se focar em Macau

A operadora de jogo Las Vegas Sands anunciou hoje a venda de propriedades no valor de cerca de 5,19 mil milhões de euros, incluído o icónico The Venetian Resort Las Vegas, para se focar em Macau.

Operadora de jogo Sands deixa Las Vegas para se focar em Macau
Notícias ao Minuto

13:43 - 03/03/21 por Lusa

Mundo Macau

O grupo, que opera casinos nos Estados Unidos, Macau e Singapura, celebrou acordos para a venda definitiva do The Venetian Resort Las Vegas, Sands Expo e o seu Centro de Convenções em Las Vegas.

"Nos termos do acordo, uma filial de fundos geridos por filiais da Apollo Global Management, Inc. adquirirá filiais que detêm os ativos e passivos operacionais do negócio de Las Vegas por aproximadamente 1,05 mil milhões de dólares em dinheiro [870 mil milhões de euros], (...) 1,2 mil milhões de dólares [mil milhões de euros] em financiamento ao vendedor sob a forma de um contrato de empréstimo a prazo e de garantia, e a VICI Properties Inc., adquirirá filiais que detêm os ativos imobiliários e relacionados com os bens imobiliários da The Venetian por aproximadamente 4 mil milhões de dólares [3,3 mil milhões de euros] em dinheiro", indicou o grupo em comunicado.

A venda do icónico The Venetian em Las Vegas acontece pouco menos de dois meses depois da morte do fundador do grupo do magnata norte-americano dos casinos Sheldon Adelson, que faleceu aos 87 anos, no dia 12 de janeiro, vítima de cancro.

"The Venetian mudou a face do futuro desenvolvimento do casino e cimentou o legado de Sheldon Adelson como uma das pessoas mais influentes na história da indústria do jogo e da hospitalidade. Ao anunciarmos a venda do The Venetian Resort, prestamos homenagem ao legado do Sr. Adelson enquanto iniciamos um novo capítulo na história desta empresa", disse o presidente e diretor-executivo (CEO) da Las Vegas Sands, Robert Goldstein.

Agora, o objetivo passa mesmo pela Ásia: "Continua a ser a espinha dorsal desta empresa e os nossos desenvolvimentos em Macau e Singapura são o centro das nossas atenções", assegurou.

"A nossa estratégia de longa data de reinvestir nas nossas operações asiáticas e de devolver o capital aos nossos acionistas será reforçada através desta transação", acrescentou.

Las Vegas deixou de ser, há muito, a capital mundial do jogo, que se mudou para Macau, com avultados investimentos por parte do grupo, sendo o maior deles o homónimo 'The Venetian Macao'.

Apesar de Sheldon Adelson ter iniciado a sua riqueza nos Estado Unidos, foi através dos seus investimentos em Macau que a sua fortuna explodiu. Os casinos em Macau geraram 63% da receita da empresa em 2019, que foi de 13,7 mil milhões de dólares (11,5 mil milhões de euros), seguidos de Singapura, que representaram 22% da receita, e só depois os dos Estados Unidos.

O investimento na Ásia não passa só das palavras, já que a filial do grupo norte-americano em Macau, Sands China, inaugurou há pouco menos de um mês a primeira fase do Londoner, com tema britânico, num investimento a rondar os 1,6 mil milhões de euros, depois de já ter recriado de Veneza e Paris.

Macau, capital mundial do jogo, é o único local em toda a China onde o jogo em casino é legal e obteve em 2019 receitas de 292,4 mil milhões de patacas (cerca de 31,1 mil milhões de euros).

Contudo, no ano passado, devido ao impacto causado pela pandemia os casinos em Macau terminaram 2020 com receitas de 60,4 mil milhões de patacas (6,2 mil milhões de euros), uma quebra de 79,3% em relação ao ano anterior.

Três concessionárias, Sociedade de Jogos de Macau, Galaxy e Wynn, e três subconcessionárias, Venetian (Sands China), MGM e Melco exploram casinos naquela que é apelidada de Las Vegas da Ásia, mas que há muito ultrapassou as receitas dos casinos registadas naquela cidade norte-americana.

Leia Também: Covid-19. Macau alivia restrições sanitárias nos casinos

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