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PM escocesa rejeita veementemente acusações do antecessor

A chefe do Governo escocês, Nicola Sturgeon, rejeitou hoje veementemente as acusações do antecessor Alex Salmond de uma conspiração contra ele, embora tenha admitido erros no inquérito às alegações de assédio sexual.

PM escocesa rejeita veementemente acusações do antecessor
Notícias ao Minuto

11:31 - 03/03/21 por Lusa

Mundo Nicola Sturgeon

"Devo refutar a sugestão absurda de que alguém agiu com malícia ou de que fazia parte de uma conspiração contra Alex Salmond", afirmou hoje, perante a Comissão sobre a administração de queixas de assédio pelo governo escocês.

Porém, também admitiu que um "erro muito grave" foi cometido ao investigar as queixas contra Salmond e que foram prejudicadas duas mulheres e gasto desnecessariamente dinheiro dos contribuintes.

"Embora eu não estivesse ciente do erro na altura, sou a chefe do governo escocês, por isso quero aproveitar esta oportunidade para pedir desculpas às duas mulheres envolvidas e à população em geral", disse.

Ainda assim, acrescentou: "Acredito que agi de maneira adequada e apropriada e que, no geral, fiz a melhor decisão que pude".

Sturgeon está a prestar o testemunho numa audição à comissão parlamentar que analisa alegadas irregularidades do sistema governamental de queixas de cariz sexual a Alex Salmond, um processo que já foi definido pela justiça escocesa como "fraudulento e viciado".

Em março de 2020, Salmond foi absolvido por um tribunal de 13 crimes sexuais, enquanto o Governo escocês já havia sido condenado em 2019 a indemnizá-lo em 555 mil euros por ter saltado um procedimento legal na investigação interna de duas dessas denúncias.

Na semana passada, Alex Salmond acusou a sua sucessora de mentir ao Parlamento e violar as normas de conduta que regem o governo autónomo da Escócia (Código Ministerial) por não ter informado aquando das reuniões que mantiveram durante a gestão das denúncias de assédio que duas trabalhadoras haviam apresentado queixas contra si.

Os dois líderes nacionalistas tiveram uma reunião na residência privada de Sturgeon, na qual Salmond expressou a sua preocupação sobre as queixas apresentadas e para pedir sua mediação, disse o ex-primeiro-ministro.

Essa reunião havia sido combinada dias antes entre o chefe de gabinete de Salmond e a própria chefe do SNP.

A presidente nacionalista afirmou, em várias ocasiões no parlamento, que não tinha conhecimento da situação e que a reunião não foi registada porque era apenas o Partido Nacionalista Escocês, mas não o Governo, e ela não via necessidade disso.

Naquela reunião, de acordo com a versão de Salmond, a sua sucessora mostrou-se pouco familiarizada com o assunto e "estava disposta a cooperar" num processo de mediação, uma opção que não estava contemplada no regulamento "tendencioso e irregular" sobre denúncias de assédio sexual.

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