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EUA pede investigação independente a abusos na região de Tigray

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, exortou hoje a Etiópia a autorizar uma investigação independente às alegadas violações de direitos humanos na região de Tigray, num telefonema com o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed.

EUA pede investigação independente a abusos na região de Tigray
Notícias ao Minuto

16:52 - 02/03/21 por Lusa

Mundo Guerra na Etiópia

"O secretário Blinken pediu que o Governo da Etiópia trabalhasse com a comunidade internacional para facilitar investigações independentes, internacionais e credíveis sobre os abusos e violações dos direitos humanos" na região do Tigray, disse o porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price.?

De acordo com a mesma fonte, o telefonema pretendeu "salientar a preocupação dos Estados Unidos com a crise humanitária e dos direitos humanos na região".

"Registando o número crescente de relatos credíveis de atrocidades, violações e abusos dos direitos humanos, o secretário de Estado exortou o Governo etíope a tomar medidas imediatas e concretas para proteger os civis, incluindo os refugiados, e para evitar mais violência", apontou Price.

Blinken insistiu no fim imediato das hostilidades e na retirada das forças externas de Tigray, incluindo as forças de segurança regionais de Amhara e as tropas da vizinha Eritreia.

O responsável da diplomacia norte-americana sublinhou também a necessidade de o Governo da Etiópia "honrar os seus compromissos", permitindo o acesso sem limites das organizações humanitárias àquela região do norte da Etiópia, onde desde novembro decorre uma operação militar contra as forças separatistas regionais.

"Os Estados Unidos continuam prontos a ajudar na resolução do conflito", reiterou Blinken, salientando o compromisso dos Estados Unidos "em fornecer assistência humanitária que salve vidas as populações vulneráveis".

O telefonema de Antony Blinken acontece depois de, na segunda-feira, o Governo da Etiópia ter rejeitado apelos dos Estados Unidos para a retirada das tropas federais etíopes e eritreias da província do Tigray.

Em resposta ao apelo do secretário de Estado norte-americano, no passado sábado, para que a Etiópia retire imediatamente as tropas de Tigray, o Ministério dos Negócios Estrangeiros etíope afirmou que esta é uma questão a ser decidida pelo executivo de Adis Abeba, e não por uma potência estrangeira.

As forças armadas federais iniciaram as operações militares em Tigray no passado dia 04 de novembro, em alegada resposta ao que o primeiro-ministro etíope, Abiy Ahmed, descreveu como ataques às forças federais e bases localizadas naquele estado por forças afiliadas à Frente de Libertação do Povo de Tigray (TPLF), no poder na região.

Em 28 de novembro, após a tomada militar da capital do estado, Mekele, Abiy Ahmed anunciou o fim da ofensiva, mas as Nações Unidas e outras organizações internacionais advertiram que as hostilidades continuam no terreno e denunciaram a situação de milhares de civis, que se encontram sem acesso a ajuda humanitária.

Leia Também: Guerra está a provocar limpeza étnica no Tigray, diz relatório dos EUA

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