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EUA: Futuro procurador-geral ultrapassa primeiro voto crucial no Senado

A nomeação do juiz Merrick Garland para as funções de procurador-geral dos Estados Unidos foi hoje largamente aprovada numa comissão senatorial, audição que constitui a primeira etapa que culminará com a votação do Senado ainda nesta semana.

EUA: Futuro procurador-geral ultrapassa primeiro voto crucial no Senado
Notícias ao Minuto

20:43 - 01/03/21 por Lusa

Mundo EUA

Atualmente à frente do Tribunal de Apelo em Washington, o magistrado, de 68 anos, jurou que fará da luta contra o extremismo a prioridade do seu mandato, após o ataque de partidários do ex-Presidente dos Estados Unidos Donald Trump ao Capitólio.

Além dos democratas, o juiz escolhido pelo novo Presidente norte-americano, Joe Biden, conta também com o apoio de "pesos pesados" dos republicanos, com o líder da agora oposição no Senado, Mitch McConnell, a garantir que votará a favor da nomeação, confirmando-o no cargo na votação final.

Face aos apoios já manifestados, Garland, considerado um moderado, ultrapassou sem dificuldade uma primeira votação na Comissão Judiciaria do Senado, obtendo 15 votos a favor e sete, todos republicanos, contra.

"Pretendo votar nele [Garland]. Espero não estar enganado ao depositar nele a minha confiança", disse o "número dois" dos republicanos na comissão, Chuck Grassley.

"A América ficará melhor com alguém como ele no comando do Departamento de Justiça. Tenho orgulho de apoiar o juiz Garland", disse, por seu lado, o presidente da comissão, o democrata Dick Durbin.

A data da votação final, a realizar em sessão plenária, está ainda por fixar, mas deverá acontecer ainda no decorrer da semana em curso.

Os democratas dispõem de uma curta maioria no Senado, com o voto da vice-Presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, a ser decisivo, uma vez que os dois partidos contam com 50 senadores cada.

As funções de Procurador-Geral nos Estados Unidos são também as de secretário de Justiça. Garland substitui William Barr.

Numa outra audição no Senado, realizada a 22 de fevereiro passado, Garland disse que a ameaça de extrema-direita nos Estados Unidos era pior do que em 1995, quando um ativista antigovernamental atacou um prédio federal em Oklahoma City, causando 168 mortos.

O nomeado de Biden para o Supremo Tribunal norte-americano fez uma associação direta entre o ataque de 1995, cuja acusação supervisionou, e o assalto ao Congresso, a 06 de janeiro deste ano.

Em 2016, os republicanos, que, à época, contavam com uma maioria no Senado, desrespeitaram duramente Garland, ao bloquearem a sua indicação, pelo então Presidente Barack Obama, para o Supremo Tribunal Federal, alegando a proximidade da eleição presidencial.

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