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COP26: Laurence Tubiana urge China a maior rapidez a reduzir emissões

A China deve apresentar metas mais claras a curto prazo para a redução das emissões de dióxido de carbono, urgiu hoje Laurence Tubiana, presidente executiva da Fundação Europeia para o Clima.  

COP26: Laurence Tubiana urge China a maior rapidez a reduzir emissões
Notícias ao Minuto

19:10 - 01/03/21 por Lusa

Mundo Laurence Tubiana

"O grande elefante na sala é a China. Dependendo do que a China decidir, porque representa um grande elemento nas emissões mundiais, depois, se os Estados Unidos e Europa apontarem para algo para 2030 que é sério - que do lado europeu já é o caso com 55% da redução das emissões - e a China for na mesma direção, está feito, a economia global vai descarbonizar-se porque terá os três grandes (poluidores)", afirmou hoje num 'webinar' organizado pela consultora Global Counsel.

O Presidente da China, Xi Jinping, comprometeu-se em dezembro a um corte mais acentuado nas taxas de emissões de carbono em mais de 65% até 2030 relativamente aos níveis de 2005, e alcançar a neutralidade carbónica ate 2060.

Mas Tubiana considera que a China deve decidir e finalizar um número para 14.º plano a cinco anos (2020-2025) antes da 26.ª Conferência das Partes (COP26) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre as Alterações Climáticas, agendada para se realizar em Glasgow, em novembro.

Os Estados Unidos ainda não anunciaram a meta para as emissões de dióxido de carbono nos próximos 10 anos, pois só regressaram ao Acordo de Paris em janeiro, após a tomada de posse do Presidente Joe Bidden.

Tubiana, economista e diplomata a quem é reconhecida influência no sucesso da Conferência do Clima de Paris de 2015, expressou anteriormente a expectativa de que Washington se comprometa a reduzir as emissões de dióxido de carbono em pelo menos 50% relativamente a 2005.

O Acordo de Paris de 2015 visa manter o aumento das temperaturas médias mundiais abaixo dos dois graus celsius, idealmente menos de 1,5 graus celsius, em comparação com os níveis pré-industriais e exige que os países definam as próprias metas voluntárias para reduzir os gases com efeito de estufa relativamente a 2030.

"Vamos ver. Há um ano e meio estava muito pessimista, mas agora estou um pouco mais otimista", manifestou a presidente-executiva da Fundação Europeia para o Clima.

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