Remédio natural provoca polémica na Índia ao prometer curar a Covid-19
Coronil, uma mistura de ervas, foi lançado no mercado indiano em junho do ano passado.
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Mundo Covid-19
Uma controversa mistura de ervas voltou a ser tema de discussão no espaço mediático na Índia, após a empresa produtora do medicamento natural ter voltado a insistir que o remédio é eficaz no combate à Covid-19.
De acordo com a BBC, o remédio, conhecido como Coronil, foi recentemente promovido num evento que contou com a presença de um elemento do governo indiano. Contudo, não há provas científicas de que é eficaz contra o novo vírus, sendo que os efeitos prometidos do remédio são enganadores.
O medicamento é uma combinação de ervas usadas na medicina tradicional indiana e é vendido pela Patanjali, uma grande empresa de bens de consumo na Índia. O Coronil surgiu, inicialmente, em junho do ano passado, tendo sido promovido por um popular guru de Yoga chamado Baba Ramdev, que, na altura, sem qualquer estudo científico, declarou que o remédio curava a Covid-19. Pouco tempo depois do seu lançamento, o governo indiano interveio e declarou que não havia dados que comprovavam estas alegações.
Ainda assim, o executivo permitiu que o Coronil fosse vendido como "um suplemento de reforço imunitário".
Recentemente, a 19 de fevereiro deste ano, a empresa organizou outro evento de promoção do remédio, no qual esteve presente o ministro da Saúde, Harsh Vardhan, e voltou a afirmar que o medicamento prevenia e combatia o novo coronavírus.
A presença do ministro provocou uma onda de críticas, sobretudo no seio da comunidade científica e médica.
Em declarações ao referido órgão de comunicação britânico, as autoridades indianas revelaram que a licença do remédio foi renovada, mas que foi clarificado que o medicamento não "cura" a Covid-19.
Confrontada com a situação, a Organização Mundial de Saúde esclareceu que não comprovou a "eficácia de qualquer medicamento de medicina tradicional para tratar a Covid-19".
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