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China: Condições dos correspondentes "deterioraram-se consideravelmente"

As condições de trabalho da imprensa estrangeira na China "deterioraram-se consideravelmente", em 2020, segundo o Clube de Correspondentes Estrangeiros no país asiático, após a expulsão de 18 jornalistas e aumento da pressão exercida pelas autoridades.

China: Condições dos correspondentes "deterioraram-se consideravelmente"
Notícias ao Minuto

06:30 - 01/03/21 por Lusa

Mundo Inquérito

"Pelo terceiro ano consecutivo, nenhum correspondente declarou que as suas condições de trabalho melhoraram", apontou o Clube de Correspondentes Estrangeiros na China (CCEC) no seu relatório anual.

A China expulsou, em 2020, pelo menos 18 jornalistas estrangeiros que trabalhavam para os jornais norte-americanos New York Times, Wall Street Journal e Washington Post.

Tratou-se da "maior expulsão de jornalistas estrangeiros desde os dias do massacre de Tiananmen, há mais de 30 anos", segundo o Clube.

A China deixou também de atribuir novas credenciais de imprensa aos correspondentes de orgãos norte-americanos.

Segundo o relatório, as autoridades chinesas continuaram, em 2020, a punir jornalistas estrangeiros cuja cobertura não satisfaz o regime.

A validade das credenciais de imprensa de pelo menos 13 correspondentes foram reduzidas para seis meses ou menos. O documento, essencial para os jornalistas trabalharem no país, costuma ser válido por um ano.

BBC, Globe and Mail, Le Monde ou Voice of America foram alguns dos órgãos afetados.

Outro tipo de pressão, dirigida a funcionários chineses de órgãos internacionais, "aumentou" também, no último ano, com ameaças de não renovação das autorizações de trabalho.

Um total de 59% dos entrevistados disseram que os seus colegas chineses foram vítimas de abusos em 2020 - um aumento acentuado em comparação com 2019 (44%).

O caso mais extremo é o de Haze Fan, uma funcionária chinesa da agência Bloomberg News, que está detida desde dezembro passado sob suspeita de "ameaçar a segurança nacional".

O novo coronavírus, que surgiu no país asiático, no final de 2019, foi também usado pela China "como um novo meio de controlar os jornalistas", acusou o CCEC.

No relatório refere-se correspondentes que foram ameaçados, durante as reportagens, de serem colocados em quarentena ou forçados a submeterem-se a vários testes de triagem do vírus.

As autoridades emitiram apenas um número muito pequeno de vistos para jornalistas que desejam vir ou voltar para a China em 2020, enquanto outras profissões não estão sujeitas a tais restrições.

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